Nota 5,0 Longa conta a história de como uma jovem uniu toda uma cidade em torno de um esporte

O roteiro de David Aaron e Elissa
Matsueda homenageia a jovem Caroline "Line" Found, uma entusiasta
jogadora do time West High da cidade
Iowa que teria um futuro brilhante no esporte. Sua morte violenta e precoce
poderia ser apenas mais uma a aumentar estatísticas, mas gerou tamanha comoção
que ultrapassou as paredes das quadras. Não só os estudantes, mas toda a
população local se uniu em uma corrente de positivismo para incentivar as
meninas a continuarem a jogar com garra e virar o jogo contra as constantes derrotas
que as estavam perseguindo rumo a um importante campeonato estadual. A direção
de Sean McNamara, embora dispense o trato para futilidades pertinentes ao
universo juvenil, por outro lado não abre mão de usar as mais variadas técnicas
para emocionar, da trilha sonora lacrimosa e cheia de rompantes aos closes de
olhares entristecidos ou tensionados. O golpe fatal vem nos créditos finais que
são acompanhados de fotos e vídeos da verdadeira Caroline mostrando o quanto
era alegre e de bem com a vida. É de partir o coração. Moriarty convence com
uma atuação digna e que deixa latente o quanto a perda da melhor amiga afetou o
emocional de Kelly, ainda mais com o peso de se tornar a sucessora dela no time
e levá-lo a conquistar um importante campeonato para honrar a memória da
garota. O veterano William Hurt interpreta Ernie, o pai da homenageada, que
mostra-se um homem equilibrado que apesar de devastado pela dor da perda
procura compreender o porquê do acontecido e ver a situação de uma forma mais
positiva. Assim, engaja-se na campanha a favor do time que a filha tanto amava
ao invés de encará-lo como uma dolorosa lembrança. A mesma visão tem a
treinadora vivida por Hunt, mas que não consegue expor de forma emotiva o
dilema da personagem, afinal ao mesmo tempo que está dilacerada e deve ter
compaixão pelas atletas também precisa ter fibra para incentivá-las a seguirem
em frente. Com ritmo irregular, Uma Razão Para
Vencer cumpre seu propósito de inspirar, mas não oferece a real
dimensão do legado que uma jovem deixou a toda uma cidade. O roteiro falha apresentando
quem foi Caroline de uma maneira muito ligeira, talvez por sua lição ser muito
simples: viver intensamente cada momento. Ela é a prova que tudo pode mudar em
um segundo.
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