Talvez a expectativa gerada por algumas cenas mais quentes prometidas tenham comprometido a carreira do projeto anterior dos diretores, que no final das contas não rendeu o esperado mesmo com a publicidade dos atores Jim Carrey e Ewan McGregor se beijarem
. Nesta empreitada os roteiristas acertaram ao manter o
projeto mais na encolha, embora o nome de Gosling envolvido tenha servido como
propaganda extra devido a sua imagem estar em evidência. Porém, até seu
personagem que de tão galinha poderia causar repulsa, eles acertaram mostrando
sua porção humana no momento exato. Obviamente os créditos das limitações
também se devem ao roteirista Dan Fogelman que escreveu situações divertidas e
que mesmo tendo erotismo implícito jamais este artifício é usado de forma
constrangedora. Ainda assim não é uma opção para todas as idades e até para
pré-adolescentes o linguajar pode ser um pouco pesado, mas nada que uma família
mais moderninha não dê jeito. Esquivando-se espertamente de ser apontado como
um filme que é a favor da liberdade sexual e que mostra o casamento como uma
instituição falida, Amor a Toda Prova dá uma sutil guinada na sua reta final para provar
que o amor é que move o ser humano, seja uma paixão de adolescência, um romance
que chega inesperadamente ou aquele sentimento que une as pessoas mesmo quando
elas estão separadas. Ao término podemos ter a sensação de que acompanhamos por
intermédio de três homens estas manifestações de carinho e assim ficamos
satisfeitos com mais uma comédia romântica que, apesar de alguns clichês e
situações previsíveis, consegue ser original e trazer certo frescor ao gênero.
A única ressalva é quanto a presença da atriz Marisa Tomei como a professora
Kate, uma amante do tipo “pega osso” de Cal. Com fama de ter o talento
limitado, aqui mais uma vez ela faz jus a isso e entrega um personagem
estereotipado de uma solteirona desesperada para ter um homem. Mesmo com essa
pisada de bola, um detalhe mínimo, este filme vale a pena ser conferido.
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