domingo, 22 de fevereiro de 2015

PEQUENOS GRANDES ASTROS 2

Nota 4,0 Repetindo basicamente o enredo do original, longa torna-se cansativo e sem propósitos

Por que produtores resolvem investir em continuações quando não há de nada de novo a se acrescentar a história original? Pior ainda, por que gastar dinheiro em uma segunda parte quando a primeira não foi um sucesso? Bem, se a produção em jogo tiver apelo infantil eis as respostas para estas perguntas. Pais desesperados por alguns minutos de sossego pagam o que for preciso para levar os filhos ao cinema ou mantê-los ocupados diante da TV, assim qualquer bobagem classificação livre tem chances de faturar alguns trocados. Só assim para explicar a existência de Pequenos Grandes Astros 2 estrelado por novos personagens, mas no fundo repetindo a mesmíssima história do longa anterior e suas lições de moral. Jerome Jenkins Junior (Jascha Washington) é um pré-adolescente aficionado por basquete e seu pai, conhecido como Duplo J (Michael Beach), foi um excelente jogador amador, mas perdeu a chance de virar um profissional do esporte e caiu no ostracismo.  O filho está decidido a honrar o passado do pai, porém, Lydia (Enuka Okuma), sua mãe vê com ressalvas a carreira esportiva para o filho devido a sua baixa estatura e imaturidade. Por seus pais serem separados, Jerome nunca teve muito contato com o pai e vê nesta decisão a chance de se reaproximar. Vamos agora as similaridades mais gritantes do roteiro de Keith Mitchell e Allie Dvorin em relação ao filme original. Certo dia, o menino encontra por acaso um par de tênis pendurados em um poste com as iniciais MJ, automaticamente identificadas como sendo a abreviação do famoso Michael Jordan. Munido de coragem e seus calçados, ele decide se inscrever em um campeonato de seu bairro, mas na hora H acaba ficando apenas na plateia, porém, quis o destino que ele pisasse em quadra para provar do que era capaz. A bola em determinado momento acaba sendo desviada para o seu lado e ele a arremessa de volta acertando em cheio a cesta, assim provocando a ira dos finalistas da competição que o desafiam a vencê-los. Obviamente o garoto dá um show vencendo os gigantes fortões e chama a atenção do treinador Archie (Blu Mankuma) que o convida para passar o verão treinando com seu time, o Game On. Jerome se anima, a mãe coloca obstáculos, mas acaba sendo convencida por Ray (Kel Mitchell), um jovem bobalhão e preguiçoso que foi agregado a família.

Jerome queria que seu pai o acompanhasse nessa viagem, mas devido a compromissos de trabalho acaba tendo que se contentar com a companhia de Ray, este que se entusiasma com a ideia e enche a boca para falar que é o empresário do novo astro das quadras. O empenho para chegar ao basquete profissional pulando algumas etapas, no entanto, acaba não sendo a concretização do sonho do menino, principalmente depois que descobre que seu talento está atrelado ao par de tênis que encontrou. Por outro lado, a novidade de ter um pequeno e jovem jogador em quadra logo chama a atenção do mercado publicitário que quer fisgar o público teen vendendo a imagem de um ídolo que não precisou atingir a maioridade para alcançar o sucesso, mas todos os contratos ficaram por conta de Ray que assumiu com uma empresa de tênis um acordo lucrativo em que uma das clausulas deixa claro que o contratante faz questão que o menino use seus modelos durante os jogos. Perceberam o drama, não é? Sem tênis mágicos, fracassos nos jogos na certa. O diretor David Nelson então retoma a mesma mensagem positiva do longa original: acredite em você que tudo dará certo. Jerome terá que desapegar de seu amuleto da sorte e enfrentar os gigantes do basquete profissional e obviamente contará com a ajuda de seus amigos, Rodney (Bret Kelly) e Nathan (Micah Stephen Williams), respectivamente um gordinho e um magrelo que também não correspondem ao estereótipo de esportistas, mas fortalecidos por palavras de incentivo vão mostrar que tamanho ou peso não é empecilho para enterrar a bola na cesta. Pequenos Grandes Astros 2 é um pouco inferior ao primeiro filme, que também já não era grande coisa, mas ambos cumprem seus objetivos de entreter e trazer algumas mensagens positivas para a molecada, nesta sequência com o acréscimo de mostrar um pouco mais a fundo as questões polêmicas acerca da fama repentina, ainda mais para quem é muito jovem e desconhece as regras do jogo fora das quadras.

Comédia - 95 min - 2006 

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