Nota 0,5 Esse valor mínimo é por conta dos créditos finais, a única coisa correta neste filme

É até difícil escolher uma única
palavra que defina da melhor forma o que é
Super-Herói - A Liga
da Injustiça. Pense em todos os adjetivos negativos possíveis e
ainda eles serão poucos para expressar o que sentimos em relação a este
pastelão, um filme tão ruim que seu diretor Aaron Seltzer deveria ter sido
condenado a prisão perpétua por crime contra os direitos humanos ou algo
parecido. O mesmo vale para o roteirista Jason Friedberg que subestima a
inteligência do espectador extrapolando os limites da anarquia e do jocoso.
Esta comédia não chega a ter um fiapo de roteiro, sustentando-se unicamente sob
a ideia de tentar parodiar os filmes de sucesso de determinada temporada, no
caso, a avalanche de fitas de heróis e a respeito de catástrofes naturais.
Contudo, desde o primeiro minuto o que vemos é um desperdício de tempo por
parte dos espectadores e uma perda de material pela equipe de produção que
deveria ter vergonha de ter seus nomes citados nos créditos finais. A trama
(oi?) começa com Will (Matt Lantner) sendo alertado sobre a data em que o mundo
acabará através de um sonho profético com a enlouquecida cantora Amy Winehouse
(Nicole Parker). Sentiram o drama? Bem, tal situação não assusta o rapaz, pois
ele se acha o todo poderoso, porém, por via das dúvidas, ele resolve dar uma
possível última festinha. Depois disso ele resolve ir à luta, mas não está
sozinho nessa tendo a companhia de um grupo de amigos para tentar evitar
catástrofes envolvendo asteróides, tornados, terremotos, entre outros fatídicos
efeitos naturais. Para acabar com esses eventos devastadores e evitar que o
mundo acabe, é o próprio Will quem deverá devolver uma tal Caveira de Cristal
ao seu lugar de origem, mas até conseguir cumprir a tarefa ele terá que lidar
com pessoas e criaturas esquisitas (como se ele mesmo já não fosse o suficiente
aloprado), além de se preocupar em tentar resgatar sua ex-namorada Amu (Vanessa
Minnillo) que está presa no Museu de História Natural.

O que temos aqui simplesmente é
um amontoado de esquetes pretensiosamente cômicos forçosamente alinhavados, mas
no fundo sem um pingo de conexão. De acordo com a temática escolhida, o
escracho total, há citações óbvias a filmes como
O Dia Depois de Amanhã e
Twister, mas é dado um jeito de tirar sarro de
Juno, Sex And The City, Encantada e
Alvin e os Esquilos. Tem uma constrangedora sequência ao estilo
High School Musical, Hannah Montana
mesmo à beira da morte ainda tentando vender os produtos de sua grife e o
finado Michael Jackson, na época em alta nas rodas de fofocas e bombando na
internet com suas polêmicas, também marcando presença. A introdução é inspirada
na aventura
10.000 A.C., a conclusão
bebe na fonte de
Indiana Jones e o Reino
da Caveira de Cristal e o título nacional é justificado pelas rápidas
aparições de Batman, Homem de Ferro, Hulk, Hellboy e Hancock, todos em versão
um tanto tresloucadas. Além de todas as citações cinematográficas e a ídolos
pop, lógico que também há espaço para os clichês das mulheres seminuas,
humilhações de minorias e piadas escatológicas. O elenco é péssimo, falar que
são amadores é fazer um elogio. Só mesmo atores em início de carreira ou
esquecidos pelo mercado para toparem participar de uma bobagem como essa, por
isso mesmo Carmem Elektra, de
Todo Mundo
em Pânico, mais uma vez repete seu papel de gostosona sem cérebro,
provavelmente por não receber convites melhores ou por ter consciência de que
seu talento se resume a um corpo curvilíneo esculpido na base de inúmeras cirurgias
plásticas. Enfim,
Super-Herói - A Liga da Injustiça não
traz inovação alguma e nem mesmo tem a dignidade de corrigir os problemas já
disseminados pelos seus "irmãos de gênero", pelo contrário, Seltzer
parece fazer questão de acentuar ainda mais os erros tão comuns em produções do
tipo e extrapolar ainda mais qualquer censo com a realidade. Infelizmente fitas
do tipo continuam sendo feitas e ainda há público que gargalha de sua própria
imbecilidade. Regra básica do mercado: se tem procura tem oferta. Captaram a
mensagem?
Comédia - 86 min - 2008
-->
Nenhum comentário:
Postar um comentário