sábado, 27 de junho de 2015

O PÂNTANO (2006)

Nota 2,0 Longa nada mais é que um amontoado de clichês para sustentar enredo fraco e confuso

É muito difícil escrever algum comentário ou até mesmo uma simples sinopse quando um filme não causa o menor impacto positivo. O suspense O Pântano exige paciência do espectador que provavelmente precisará assisti-lo mais de uma vez para tirar algum parecer, mesmo que negativo, desta obra enfadonha e repetitiva. Todos os clichês possíveis do gênero estão presentes, a começar pela protagonista perturbada mentalmente que sai do conforto da sua casa para procurar sarna para se coçar. Claire Holloway (Gabrielle Anwar) é uma jovem e bem-sucedida escritora de livros infantis com toques de horror, mas sua vida pessoal não anda bem. Ela é constantemente assombrada por visões de violência e morte e a situação só piora quando ela resolve passar uma temporada na Fazenda Rose Marsh. Ela viu a foto do local na internet e o achou idêntico a um desenho que possui. Sentindo-se atraída pela região, ela decide ira para lá acreditando que assim conseguiria inspiração para seu novo livro, mas acaba encontrando uma legítima história de fantasmas da qual ela pode ter algum tipo de ligação, o que explicaria seu repentino fascínio pela propriedade. A escritora desenterra uma história dos antigos moradores do casarão em que se hospeda, no entanto, que não fica bem explicada. Primeiro acreditamos que uma garotinha caiu no pântano da propriedade e seu irmão sentindo-se culpado passou a procurá-la desesperadamente e não voltou mais para casa. Depois o conto já é outro, mas de uma estupidez tremenda por parte do roteirista Michael Stokes, forçando uma situação que não convence. Detalhar as explicações tiraria o fator surpresa do longa, se é que ele existe, mas digamos que a primeira versão sobre a morte do adolescente e da menininha cujos fantasmas estão aparecendo para a protagonista era bem melhor que a segunda versão das explicações.

Além do enredo não ajudar, as interpretações também são fraquíssimas, incluindo um apático Forest Whitaker que na época ainda não era tão famoso (hoje em dia ele deve até se envergonhar de ter feito esse trabalho). Ele vive o consultor paranormal Geoffrey Hunt, uma espécie de guia da cidade que auxilia a protagonista em suas pesquisas sobre o passado do local, assim pouco a pouco Claire acaba tendo contato com as assombrações da casa em que se hospedou e assim vêm à tona as histórias de algumas mortes misteriosas. Hunt na verdade teria como principal função esmiuçar o enredo para Claire e aos espectadores, mas ele também deveria ter sido usado como um guia para o diretor Jordan Barker que parece um deslumbrado brincando de fazer cinema de horror abarrotando seu trabalho de efeitos sonoros estridentes, vultos no espelho, luzes que piscam sozinhas, neblina e ruídos estranhos, enfim todos os clichês do gênero cumprem expediente no longa. Dessa forma tudo o que deveria ser usado para causar sustos só serve para prevenir o espectador do que vem por aí e assim baixar o seu nível de tensão e anular qualquer possibilidade de impacto. Sem mexer com as emoções do público, causando no máximo um ou outro leve calafrio, O Pântano revela-se uma grande bobagem que nem mesmo reciclando velhas fórmulas consagradas consegue acertar, culpa também do roteiro insípido de Stokes que parece ter assistido a uma maratona de filmes B antigos para se inspirar. Não satisfaz sequer a quem é adepto de sanguinolência, pois o molho de tomate foi economizado ou nem havia dinheiro para gastar com isso. Bem, talvez essa “limpeza” nas cenas seja a única coisa boa deste filme que somando as cenas e diálogos consideráveis poderia até render um curta ou média-metragem razoável. Pena que a ambição do diretor foi maior que seu orçamento e criatividade.

Terror - 93 min - 2006

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