Nota 4,0 Sem sustos e chato, título genérico já evidencia que este suspense é uma tremenda furada
Alguém se anima a assistir um
filme com um título tão genérico como Herança Paranormal?
Esse suspense, com toda pinta de produção B, é a prova de que por pior que seja
o enredo um título mau escolhido pode limar definitivamente qualquer possibilidade
de encontrar um mínimo de público interessado. Pegando carona descaradamente no
fenômeno Atividade Paranormal, o
longa se beneficiaria se no Brasil fosse utilizada a tradução literal do título
original, "O Cético", uma escolha mais impactante e que expressaria
mais fielmente a ideia da trama escrita e dirigida por Tennyson Bardwell que
economizou nos sustos e não tingiu uma cena sequer com vermelho proveniente de
sangue. Para uma produção do gênero bem realizada isso seria um elogio, mas não
é o caso. O cineasta passou longe de realizar uma obra original, pelo
contrário, preferiu se ater a situações previsíveis e que não assustam, jogando
uma boa premissa no lixo que poderia render uma interessante discussão sobre o
ceticismo diante de fenômenos aparentemente sem explicações. Após a morte de
sua tia, Bryan Becket (Tim Daly), um advogado realista e ganancioso, resolve
dar um tempo em seu casamento já em crise com a desculpa que precisa ir morar
na velha residência da falecida para evitar depredações e roubos enquanto os
trâmites da herança são finalizados. Ele está crente que é o herdeiro, mas para
sua surpresa existe um testamento outorgando a entrega do imóvel para o
instituto de pesquisas do Dr. Warren Koven (Bruce Altman), responsável pelo laboratório
de distúrbios do sono. A velha senhora tinha interesse nesses estudos que
visavam a capacidade de clarividência das pessoas e nível de percepção de
fenômenos paranormais, já que ela própria era atormentada a noite por vozes que
escutava em sua casa.
Becket não acredita no início, porém, logo também passa a ser assombrado por sons e vultos dentro do casarão, mas ele não vai embora, pois sente que tem algo a ver com o passado misterioso da residência e nessa busca por respostas contará com a ajuda de seu amigo Sully (Tom Arnold) e de Cassie (Zoe Saldana), uma das voluntárias dos estudos sobre paranormalidade. O advogado não se recorda da mãe que morreu quando ele era muito pequeno, mas nas palavras de um padre que a conheceu ela era uma pessoa de atitudes condenáveis, inclusive judiava do próprio filho. Ao procurar por pistas, como um baú que gera pânico no rapaz ou um armário trancado onde há uma presença supostamente maligna, ele passa a demonstrar alterações de comportamento e a recordar lembranças ruins que estavam adormecidas em seu subconsciente propositalmente. Até a metade o enredo deixa o espectador intrigado, principalmente pela ambientação do casarão assombrado que abre mão de manjadas trucagens e decorações excessivas em detrimento de um cenário mais realista, porém, a câmera do diretor não sabe explorá-lo e perde boas oportunidades de fazer algo surpreendente surgir de onde menos se espera. Dessa forma, mais uma vez temos que nos contentar com vultos nos escuro ou aparições repentinas no espelho. Quando o grande mistério é revelado, caminhamos para uma apressada conclusão sem clímax algum e outra vez Bardwell perde um bom gancho, um conflito familiar, que renderia algo para ao menos seu filme não ser rotulado como lixo total. Ainda bem que ele nos poupa de forçar um clima de romance entre o protagonista e a única mulher (de carne e osso) da fita. Aliás, Saldana, que teve importantes personagens nas aventuras Avatar e Star Trek, é o único nome mais expressivo do elenco, porém, sua atuação é extremamente fraca, lembrando que este suspense foi filmado cerca de dois anos antes dos sucessos citados. Enfim, Herança Paranormal é um produto perfeito para preencher uma noite de tédio, chuvosa ou para ajudar em casos de insônia. Não fede e nem cheira como popularmente se diz. Para não dizer que tudo é ruim, pelo menos visualmente a fita não agride a ninguém.
Becket não acredita no início, porém, logo também passa a ser assombrado por sons e vultos dentro do casarão, mas ele não vai embora, pois sente que tem algo a ver com o passado misterioso da residência e nessa busca por respostas contará com a ajuda de seu amigo Sully (Tom Arnold) e de Cassie (Zoe Saldana), uma das voluntárias dos estudos sobre paranormalidade. O advogado não se recorda da mãe que morreu quando ele era muito pequeno, mas nas palavras de um padre que a conheceu ela era uma pessoa de atitudes condenáveis, inclusive judiava do próprio filho. Ao procurar por pistas, como um baú que gera pânico no rapaz ou um armário trancado onde há uma presença supostamente maligna, ele passa a demonstrar alterações de comportamento e a recordar lembranças ruins que estavam adormecidas em seu subconsciente propositalmente. Até a metade o enredo deixa o espectador intrigado, principalmente pela ambientação do casarão assombrado que abre mão de manjadas trucagens e decorações excessivas em detrimento de um cenário mais realista, porém, a câmera do diretor não sabe explorá-lo e perde boas oportunidades de fazer algo surpreendente surgir de onde menos se espera. Dessa forma, mais uma vez temos que nos contentar com vultos nos escuro ou aparições repentinas no espelho. Quando o grande mistério é revelado, caminhamos para uma apressada conclusão sem clímax algum e outra vez Bardwell perde um bom gancho, um conflito familiar, que renderia algo para ao menos seu filme não ser rotulado como lixo total. Ainda bem que ele nos poupa de forçar um clima de romance entre o protagonista e a única mulher (de carne e osso) da fita. Aliás, Saldana, que teve importantes personagens nas aventuras Avatar e Star Trek, é o único nome mais expressivo do elenco, porém, sua atuação é extremamente fraca, lembrando que este suspense foi filmado cerca de dois anos antes dos sucessos citados. Enfim, Herança Paranormal é um produto perfeito para preencher uma noite de tédio, chuvosa ou para ajudar em casos de insônia. Não fede e nem cheira como popularmente se diz. Para não dizer que tudo é ruim, pelo menos visualmente a fita não agride a ninguém.
Suspense - 89 min - 2008
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