
As sinopses publicadas nos encartes dos
DVDs deveriam vender corretamente as histórias dos filmes, mas muitas delas só
se limitam a elogiar atores e realizadores ou sintetizar em pouquíssimas
palavras o enredo. O pior é quando vendem a trama de forma errada como é o caso
de
Mistério
em River King, cuja distribuidora vende como um suspense policial
acerca do assassinato de um adolescente e seu próprio espírito ajudaria nas
investigações. Bem, até existe um ensaio para seguir tal caminho, mas parece
que quem redigiu o texto publicitário não assistiu o filme todo. A trama começa
mostrando o detetive Abel Grey (Edward Burns) e seu companheiro de polícia Joey
(John Kapelos) encontrando um jovem morto congelado dentro de um lago e com
estranhas marcas vermelhas no corpo. Ele é Gus Pearce (Thomas Gibson),
estudante de um tradicional colégio de uma região fria e afastada dos EUA que
segundo seus colegas de turma não se sentia a vontade na instituição e andava
tendo atitudes estranhas ultimamente. Uma das professoras do garoto, Betsy
Chase (Jennifer Ehle), afirma que na noite anterior a descoberta do corpo viu
Gus discutindo no bosque com a jovem Carlin Leander (Rachelle LeFevre), que
apesar da aparente proximidade do falecido estava namorando Harry (Jamie King),
um valentão da escola. Os policiais afirmam que o caso foi um suicídio, mas
Abel desconfia de que existe algum mistério por trás de tudo, principalmente ao
descobrir que Gus estava tentando fazer parte de um grupo, uma espécie de seita
da qual só podiam fazer parte os membros que passassem por um trote impossível
de se cumprir, ou melhor, quase. O detetive desconfia que Harry e Carlin são as
chaves para desvendar o caso, mas parece que todos a sua volta estão preferindo
abafar o episódio, inclusive seu o próprio Joey que deveria estar em busca da
verdade. O diretor Nick Willing consegue construir uma interessante narrativa
que cativa o espectador e o convida a fazer parte das investigações
colecionando pistas, porém, peca ao criar certos ganchos que não levam a lugar
algum como um suposto trauma do passado envolvendo a morte do irmão que
alimentaria o desejo de Abel por justiça a qualquer custo no presente.
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