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NOTA 8,0
Divertida e nostálgica, mescla de aventura e comédia ainda é entretenimento garantido sem se tornar refém de efeitos especiais |
E.T. - O Extraterrestre, Os Goonies, Willow - A Terra da Magia,
Labirinto - A Magia do Tempo, Viagem Insólita... Estes são apenas alguns
títulos que mesclavam aventura, comédia e fantasia que marcaram a geração oitentista,
mas entre eles não há nenhum com a chancela Disney de qualidade. Por um longo
período o estúdio mergulhou em um abismo criativo, embora hoje algumas
animações da época sejam consideradas clássicas como Aristogatas e Bernardo e
Bianca. Mesmo com a criação de uma subsidiária especialmente para tocar
projetos voltados ao público infanto-juvenil com atores de verdade, as cifras
arrecadadas não justificavam os investimentos. O peso da morte do senhor Walt
Disney se refletia visualmente na qualidade e lucros da sua produtora, até que
já beirando a entrada da década 1990 uma luz no fim do túnel fora apontada.
Disposta a recuperar seu espaço não só no campo da animação, impulsionada pelo
sucesso de A Pequena Sereia, mas
também como fábrica de blockbusters, a
empresa apostou em uma ideia relativamente simples. Querida,
Encolhi as Crianças trata de um tema fascinante e já explorado
diversas vezes pelo cinema e pela televisão. O que acontece quando uma pessoa é
reduzida ao tamanho de uma formiga? Ou melhor, quando adquire altura menor
ainda que a de um inseto? É isso que ocorre às inocentes vítimas de uma máquina
miniaturizadora inventada pelo frustrado professor Wayne Szalinski (Rick
Moranis) que sem perceber o que aconteceu em seu laboratório caseiro acaba
varrendo os próprios filhos e os do vizinho junto com o lixo. Nick (Robert
Olivieri), que com seus grandes óculos e estilo nerd não nega a vocação para
seguir os mesmos passos que o pai, e sua irmã mais velha Amy (Amy O'Neill)
então se veem obrigados a unir forças com o adolescente Junior (Thomas Wilson Brown)
e o sarcástico garoto Ron (Jared Rushton), os herdeiros do mal humorado Russ
Thompson (Matt Frawer).