Nota 4,0 Comédia romântica tem certo apelo diferenciado, mas se atrapalha em suas pretensões
Meg Ryan teve o ápice de sua
carreira na década de 1990 transformando-se em sinônimo de comédias românticas
açucaradas, mas o tempo passou e foi cruel com a estrela. Após entrar para o
grupo das quarentonas a atriz passou a trabalhar cada vez menos, muito
provavelmente por falta de convites, mas quando surgem oportunidades ele acaba
em projetos furados, sem brilho e que em nada agregam a seu currículo. Em Armadilhas do Amor ela interpreta uma mulher
madura que não está em busca do grande amor de sua vida, mas neurótica que só
ela quer manter seu marido literalmente preso em casa assim que pressente que
está prestes a perdê-lo. Ela vive Louise, uma mulher que começa a sentir os
dilemas da meia-idade, o que afeta diretamente seu casamento já de anos com Ian
(Timothy Hutton). O grande problema do relacionamento deles é que ela só pensa
em trabalho e ganha muito mais que o marido que nessas condições se sente
diminuído. Outro entrave é que eles não tiveram filhos e agora Ian sente falta
de viver as emoções da paternidade, mas sem dúvidas o ápice desta relação
problemática acontece quando Louise certo dia chega em casa de surpresa e a
encontra repleta de flores e com um clima romântico no ar, todavia toda essa
produção não era para ela e sim para a jovem Sarah (Kristen Bell), a amante de
Ian, este que confessa tudo à esposa sem imaginar a reação absurda da esposa.
Agora esta mulher traída e magoada simplesmente quer discutir a relação custe o
que custar, mesmo que tenha que literalmente amarrar o marido e mantê-lo preso
em casa. O roteiro de Adrienne Shelly procura ter certo diferencial no inflado
e repetitivo mercado das comédias românticas, mas o fato é que a forma como
construiu seu enredo pode afugentar o público, principalmente por gastar preciosos
minutos iniciais apresentando uma protagonista histérica e neurótica travando
diálogos irregulares com um marido apático.
Comédia - 84 min - 2009
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