Nota 3,0 Drama sobre boxeador que vence na carreira não traz novidade alguma à temática

Além de seguir um roteiro
totalmente previsível, o longa peca por perder alguns ganchos que poderiam
enriquecer a trama razoavelmente. Diana, por exemplo, poderia ser a chata de plantão ou até
mesmo a profissional sem escrúpulos que tentaria ganhar algum lucro em cima do
novo rei dos ringues, mas no final é apenas uma personagem vazia que deixa
exalar um mínimo de desconfiança quanto a apostar suas fichas em um
desconhecido, mas logo a própria lembra que precisou que Goldberg lhe
estendesse a mão para ser alguém na vida. Riley tem um interesse amoroso,
Stephanie (Christina Chambers), mais uma personagem sem função que nem mesmo
com seu relacionamento com outro homem após abandonar o desiludido namorado
consegue movimentar a trama. Por fim, somos obrigados a acompanhar as
conhecidas cenas de treino e de combates que nem mesmo trazem um bom conflito
com um adversário forte ou com algo contra o protagonista. Seria um clichezão,
mas neste caso faz falta. O grande gancho do roteiro no final das contas é de
cunho afetivo. Com o sucesso na carreira, logo Riley chama a atenção de Mob
Silver (Paul Raci), empresário que quer comprar seu passe e administrar sua
carreira, o que no fundo para o rapaz seria uma traição com aquele que o ajudou
a mudar de vida, embora a relação entre os dois a essa altura estivesse
estremecida por conta de um segredo que descobre de seu treinador. Luta
e Glória, mesmo sendo uma produção independente e de recursos
financeiros escassos, poderia ser um pouco mais ousada para não ser apenas mais
um filme sobre o mundo do boxe e a interessar apenas aos fãs da modalidade. Estranho que ainda existam produtores que aceitem bancar projetos como este, claramente filmes que não irão trazer fortuna. O Sr. Davis, como roteirista e protagonista da fita, deve ter um bom benfeitor que o protege.
Drama - 109 min - 2005
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