Nota 1,5 Com protagonistas violentados, mas que não cativam, fica difícil torcer pela revanche

Um mês se passa e na volta de uma
visita a casa do pai recém-falecido (mais um gancho desperdiçado para dar algum
valor emocional à trama) Alice vê um grupo de homens à cavalo e reconhece um
deles como seu estuprador. Então ela e Adam, que ficou com um dos olhos
comprometidos, decidem passar uns tempos na tal residência que coincidentemente
fica muito próxima a casa de Heffer (Anthony Calf), o suspeito reconhecido.
Observando atentamente a movimentação do local e treinando tiros com uma velha
arma do pai, o casal violentado planeja uma vingança para todo o grupo. Apesar
da ridícula introdução, o longa até que consegue criar um clima envolvente
quando as vítimas começam a se articular contra os bandidos, mas qualquer
expectativa de que as coisas podem melhorar na reta final vai por água abaixo
quando surge a seguinte fala de Alice: “Sabe o que eles fizeram depois que me
estupraram? Eles riram. Não posso deixá-los impunes”. O tempo de espera entre a
pergunta e a resposta deixa a sensação de que ela fará uma revelação
bombástica, mas quando surge tal frase é impossível segurar o riso. Olho
por Olho não chega a ter nem 80 minutos de duração, o que já dá ideia
de que coisa boa não é, mas Reed abusa da inteligência do espectador oferecendo
uma trama rala, com diálogos sofríveis, situações clichês como uso de drogas,
mas surpreendentemente ensaia uma conclusão que atinge o máximo do clímax, uma
cena que literalmente representa a vingança que a sociedade em geral desejaria
a um estuprador, mas ao invés de parar nesse ponto o diretor adicionou pouco
menos de cinco minutos de cenas extras totalmente desnecessárias e que tiraram
a chance do filme ter um final marcante. Bem, mesmo com o viés do suspense bem
trabalhado boa parte do tempo, no conjunto é um trabalho pobre que
provavelmente até as emissoras de TV se recusarão a exibi-lo algum dia, mesmo
que para tapar buraco na programação.
Suspense - 79 min - 2007
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