Nota 2,0 Com cara de telefilme capenga, suspense não se segura por mais de vinte minutos
Houve uma época em que muitos
filmes eram feitos diretamente para abastecer o mercado de locação de vídeos.
Quando o filme do momento não estava disponível, uma fita desconhecida poderia
chamar a atenção e garantir a distração do fim de semana. Hoje algumas delas
continuam abastecendo as madrugadas dos canais de TV, mas muitas dessas
produções acabaram perdidas nas transições de formatos de mídias, embora alguns
serviços de streaming estejam resgatam títulos, ainda que temporariamente, e
sempre tem alguém que lança no YouTube ou afins uma cópia, embora geralmente
com imagem e som sofríveis. O Quarto Andar certamente
deve ter chamado a atenção de muitos ratos de locadoras, mas é aquele tipo de
suspense que você fica na dúvida em dar uma opinião completa. Isso porque até a
metade ele prende a atenção, isso levando-se em consideração que é um trabalho
de baixo orçamento e temos ciência de seu estilo de telefilme, ou seja, é de se
esperar que o final deixe a desejar. Típico filme que antigamente sustentava o
"Super Cine" da Globo, a fita conta a história de Jane Emelin (Juliette
Lewis), uma decoradora de interiores que herda um apartamento de uma tia que
recentemente faleceu ao supostamente despencar da escadaria do prédio. Apesar
disso, em um primeiro momento ela adora sua nova moradia. Isso até conhecer
seus vizinhos, um mais estranho que o outro, a começar por Marta Stewart
(Shelley Duvall) que logo de cara lhe avisa para evitar contato com qualquer
um, mas ela própria tem certo quê de bizarrice. A jovem escolheu morar sozinha
para poder ter um tempo para refletir, mas a ideia não agradou nada a seu
namorado, Greg Harrison (William Hurt), um homem mais velho conhecido por
apresentar boletins do tempo na televisão e que planejava viver uma vida a dois
na casa que acabara de comprar.
Logo no primeiro dia na nova moradia, Jane começa a receber bilhetes ameaçadores supostamente de uma vizinha do quarto andar reclamando do barulho que a moça anda fazendo, o que não é verdade. A tal mulher seria uma idosa rabugenta, mas que não coloca o nariz para fora do apartamento para nada. Ninguém a conhece. As ameaças se tornam perturbadoras quando certo dia a decoradora encontra sua residência infestada de ratos que aparecem do nada, larvas que surgem no banheiro e barulhos noturnos propositalmente lhe tiram o sono. Embora tivesse em mãos um leque de personagens estranhos a serem explorados de forma a acentuar as dúvidas da protagonista (um porteiro com problemas mentais, um casal de gays em que um dos integrantes costuma se vestir de mulher, um vizinho bondoso até demais), o diretor e roteirista Josh Klausner não sabe trabalhar o suspense e rapidamente entrega o jogo. O ator Tobin Bell, o psicopata de Jogos Mortais, com seu estranho semblante apático, entra em cena como um chaveiro que possui todas as chaves dos apartamentos para qualquer emergência, mas para embolar desnecessariamente as coisas Jane acredita ter visto de sua janela ele assassinando uma mulher. Cheio de clichês e sustos mal inseridos, O Quarto Andar lança mão dos recursos de praxe do gênero como ambientes mal iluminados, trilha sonora climática e cortes de imagem abruptos nos momentos de tensão, mas a trama é frágil demais e não se sustenta por mais de meia hora. Além disso, há diversos furos como o pouco caso da polícia em investigar as denúncias da protagonista quando o tal edifício já havia sido cenário de duas misteriosas mortes. Quanto a grande revelação de quem é o vilão, ela surpreende por não investir em um nome óbvio, porém, o escolhido não convence pelas suas condições físicas não serem condizentes às peripécias que bolava. E no meio desse engodo que não sabe bem que direção seguir, talentos como Hurt e Lewis demonstram pisar em ovos com seus personagens e é uma pena desperdiçar Duvall cujas aparições na época já eram raridades. Triste fim de carreira para quem protagonizou um clássico do suspense como O Iluminado.
Logo no primeiro dia na nova moradia, Jane começa a receber bilhetes ameaçadores supostamente de uma vizinha do quarto andar reclamando do barulho que a moça anda fazendo, o que não é verdade. A tal mulher seria uma idosa rabugenta, mas que não coloca o nariz para fora do apartamento para nada. Ninguém a conhece. As ameaças se tornam perturbadoras quando certo dia a decoradora encontra sua residência infestada de ratos que aparecem do nada, larvas que surgem no banheiro e barulhos noturnos propositalmente lhe tiram o sono. Embora tivesse em mãos um leque de personagens estranhos a serem explorados de forma a acentuar as dúvidas da protagonista (um porteiro com problemas mentais, um casal de gays em que um dos integrantes costuma se vestir de mulher, um vizinho bondoso até demais), o diretor e roteirista Josh Klausner não sabe trabalhar o suspense e rapidamente entrega o jogo. O ator Tobin Bell, o psicopata de Jogos Mortais, com seu estranho semblante apático, entra em cena como um chaveiro que possui todas as chaves dos apartamentos para qualquer emergência, mas para embolar desnecessariamente as coisas Jane acredita ter visto de sua janela ele assassinando uma mulher. Cheio de clichês e sustos mal inseridos, O Quarto Andar lança mão dos recursos de praxe do gênero como ambientes mal iluminados, trilha sonora climática e cortes de imagem abruptos nos momentos de tensão, mas a trama é frágil demais e não se sustenta por mais de meia hora. Além disso, há diversos furos como o pouco caso da polícia em investigar as denúncias da protagonista quando o tal edifício já havia sido cenário de duas misteriosas mortes. Quanto a grande revelação de quem é o vilão, ela surpreende por não investir em um nome óbvio, porém, o escolhido não convence pelas suas condições físicas não serem condizentes às peripécias que bolava. E no meio desse engodo que não sabe bem que direção seguir, talentos como Hurt e Lewis demonstram pisar em ovos com seus personagens e é uma pena desperdiçar Duvall cujas aparições na época já eram raridades. Triste fim de carreira para quem protagonizou um clássico do suspense como O Iluminado.
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