quarta-feira, 12 de junho de 2019

EU ODEIO O DIA DOS NAMORADOS

NOTA 3,5

Casal do sucesso Casamento Grego
deixa para trás toda a espontaneidade
e carisma que o marcou em reencontro
movido pela previsibilidade e monotonia
A data 12 de junho é umas das mais aguardadas pelo comércio, tempo de vender flores, chocolates, joias, roupas e os restaurantes ajeitarem os salões para abrigarem o máximo de número possível de mesas para casais. Quem está envolvido em um relacionamento, principalmente os mais jovens, também cultuam a data, a aguardam com ansiedade, mas para quem já está desencantado com o amor este dia é apenas mais um como outro qualquer. A protagonista de Eu Odeio o Dia dos Namorados vive uma situação dúbia quanto a essas impressões. Genevieve (Nia Vardalos) é dona de uma floricultura que lucra horrores com esta comemoração, mas ela própria foge de um compromisso sério. É claro que ela gosta de uma boa companhia, ganhar presentes, beijar e fazer amor, mas tem uma regra estabelecida para se proteger de futuras frustrações. Quando conhece alguém ela já se relaciona com um objetivo fixo, não cria expectativas além de cinco encontros, assim ela consegue aproveitar o melhor dos relacionamentos, a fase inicial em que tudo é maravilhoso. A primeira vez é para dar uma paquerada básica; a segunda tem que ousar um pouco mais para dar aquele friozinho na barriga e a vontade de quero mais; o terceiro encontro deve ser aventureiro; o quarto tem que ser divertido e surpreender o parceiro; e, por fim, o quinto e último deve ser inesquecível afinal deve fechar o ciclo com chave de ouro, de preferência acabando em uma cama. Passado tais compromissos é torcer para que o cara a esqueça ou ela própria passa a ignorá-lo até que ele caia na real, mas de qualquer forma Genevieve já estaria preparada para um rompimento sem traumas. Seguindo à risca essa receita, ela possui uma vida que considera perfeita e recomenda o estilo a todos, no entanto, certo dia surge uma pessoa em seu caminho capaz de fazê-la rever seus conceitos. O charmoso e bonitão Greg (John Corbett) abre um restaurante próximo à floricultura da moça, esta que se mostra interessada em mais uma conquista. A recíproca é instantânea e ela fala abertamente sobre sua teoria, o que instiga o rapaz a desafiá-la a vencer o desafio em sua companhia. É óbvio que quando a aposta está chegando ao fim o que era apenas curtição acaba se tornando algo mais sério, mas aceitando o amor Genevieve estaria traindo seus princípios e isso complica o que era para ser simples.