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NOTA 5,0 Thriller francês busca inspiração em Hollywood para falar sobre fazer justiça com as própria mãos |

Berry,
mais conhecido pelos seus trabalhos como ator, tentou realizar um thriller de
fácil assimilação e que agradasse a um grande público apostando em uma
narrativa convencional e bem próxima ao estilo comercial hollywoodiano, mas
acabou se perdendo em suas boas intenções e por não abdicar de dar um toque
característico europeu ao seu longa. Desde a construção irregular dos
personagens, passando pela equivocada trilha sonora baseada em estridentes
trechos de óperas, uma escolha um tanto deslocada no contexto geral, até a
edição extremamente rápida e em certos momentos confusa, tudo parece trabalhar
contra o sucesso de 22 Balas criando uma espécie de distanciamento do espectador
que tende a ter a atenção dispersa facilmente. Tentando ao máximo equilibrar o
entretenimento e dar certa seriedade ao conteúdo, o longa pode ser prejudicado
até mesmo pela pretensão de ir além de um amontoado de cenas de perseguições e
tiroteios, concentrando muitos esforços nas construções de diálogos mais
substanciosos, o que não agrada muito ao público que aparentemente a produção
desejava atingir. Todavia, o resultado final também não deve agradar totalmente
ao público que curte filmes alternativos. Ficando em cima do muro, esta obra
não é ruim, mas também está longe de ser considerada ótima. É simplesmente
regular e cumpre o papel de ser uma opção para um passatempo rapidamente
esquecível e que só vem a reforçar que a justiça pelas próprias mãos ainda é um
lema que faz a cabeça de muita gente, principalmente daqueles que fazem ou já
fizeram um dia parte do mundo do crime. E assim a violência continua sendo
combatida com violência e não saímos nunca deste triste círculo vicioso.
Ação - 115 min - 2010
Ação - 115 min - 2010
Um comentário:
Gosto do ator. Mas, realmente não me pareceu um grande filme.
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