Nota 7,0 Longa conquista crianças e adultos com trama divertida, ligeira e nostálgica

Ainda atormentados pelos raios de luz,
crucifixos e estacas, estes vampiros estão dispostos a abandonar a vida eterna
pela mortalidade. Está para acontecer um fenômeno, a passagem de um determinado
cometa pela Lua, que poderia transformá-los em humanos, mas o rito só
funcionará se estiverem munidos de um secular amuleto. Houve uma tentativa a
muitos anos de realizarem o ritual, mas ele foi interrompido quando a tal pedra
foi roubada por Von (Ed Stoppard), outro vampiro, mas que foi ferido e
socorrido pela humana Elizabeth (Elizabeth Berrington). Tudo isso Tony consegue
ver com riqueza de detalhes em seus sonhos, assim ele descobre que o amuleto
deve estar em poder da tradicional família de Lorde McAshton (John Wood), um
milionário da região que logo é convencido por um caça-vampiros (Jim Carter)
que as temidas criaturas estão prestes a atacar o que atrapalharia na
publicidade do campo de golfe que irá inaugurar em breve. Como era de se
esperar ninguém acredita nas histórias de Tony, nem mesmo seus pais, Robert
(Tommy Kinkley) e Dottie (Pamela Gidley), que ao conhecerem a família de
Rudolph os consideram excêntricos e amáveis aristocratas adeptos de figurinos
de época e linguajar rebuscado, mas relevam em prol da amizade do filho. Histórias
de terror costumam chamar a atenção das crianças, mas é uma tarefa difícil
adaptá-las para o universo delas ainda mais para um cineasta como o alemão Uli
Edel, diretor de produções pesadas como Christiane
F. – Drogada e Prostituída e Corpo em
Evidência. Todavia, ele surpreende com a desenvoltura que mostra na
condução de O Pequeno Vampiro, produto acima da média que não subestima a
inteligência do público-alvo e que pode divertir adultos com seu toque de
nostalgia. Com belas locações, ação e piadas divertidas, podemos deixar de lado
a implicância com o excesso de cenas escuras ou a facilidade em que se
estabelece o contato entre os protagonistas-mirins, mas fica a sensação de que
o personagem Gregory (Dean Cook), irmão mais velho e revoltado de Rudolph, foi
subaproveitado. Defendendo o espírito violento da espécie, poderia render a
discussão da ovelha negra em meio ao clã de vampiros politicamente corretos. Em
tempo: Lipnicki, na época em alta após o sucesso de O Pequeno Stuart Little, mostra-se mais uma vez carismático e
talentoso, mas sua carreira infelizmente não vingou.
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