Nota 2,0 Um dos primeiros sucessos de Adam Sandler já mostrava o ator rendido a trejeitos
Hoje todos sabemos o quanto Adam
Sandler é queridinho nos EUA, exceto pelos críticos, é claro! No início de sua
carreira, apesar de ter atuado no lendário programa "Saturday Night Live",
apostar no ator podia ser uma opção arriscada, mas a partir de 1998 seu nome
passou a ser sinônimo de polpudas bilheterias e... de más críticas também. O Rei da Água parece ter sido feito sob medida
para o ator usar e abusar de seu jeito espalhafatoso e bobalhão. O ator tenta
divertir o público gaguejando, usando voz anasalada e projetando o queixo pra
frente para intensificar piadas visuais. Nem precisava se esforçar, afinal é um
filme basicamente sustentado por uma única piada e o diretor Frank Coraci
parece ter dado carta branca para Sandler fazer o que bem entendesse diante da
câmera. Seu personagem, Bobby Boucher, é um zero à esquerda, então você já sabe
que tudo que possa dar errado e humilhar o rapaz vai acontecer. Ele é um cara
na casa dos trinta anos, solteirão e que vive sob super proteção da mãe Helen (Kathy
Bates). Desde a adolescência ele trabalha entregando garrafas de água aos
jogadores de um grande time de futebol americano e, sem estudo, ingênuo e tampouco
ambições para sua vida, acostumou-se a ser hostilizado pelos atletas com
boladas, rasteiras e tudo quanto é tipo de zoeira. Apesar de tudo, ele amava
esse emprego e fica sem chão quando de uma hora para a outra é sacaneado e
demitido pelo técnico da equipe. Ele então se oferece para trabalhar até de
graça para um pequeno time que não vence uma partida sequer há quatro anos. A
partir de então seu destino muda completamente incentivado pelo treinador Klein
(Henry Winkler) que enxerga nele um talento nato para o esporte prestando
atenção em certa peculariedade do seu comportamento. Quando irritado, Boucher extravasa
uma força descomunal e o técnico decide incorporá-lo à equipe como uma espécie
de coringa. Bastava irritá-lo antes de cada partida, geralmente o fazendo
lembrar de algum desafeto, para colocá-lo em campo para acabar com os
adversários. Como pagamento, o rapaz tem a chance de voltar a estudar.
Um sujeito simplório que esconde habilidades atléticas que o credenciam a ser um promissor jogador de futebol americano. Ele tem uma mãe que o protege exageradamente e para completar é apaixonado por Vicki (Fairuza Balk), uma garota problemática. Esse perfil é bem parecido com o do personagem-título de Forrest Gump - O Contador de Histórias, mas este pode ser considerado um gênio na comparação com o que é a composição de Boucher, até porque Sandler é incapaz de transmitir a emoção necessária para retratar um homem que, apesar de conformado com sua vida medíocre, no fundo deseja ser feliz verdadeiramente. O roteiro também não ajuda. Escrita pelo próprio Sandler em parceria com Tim Herlihy, a trama é mal estruturada e enraizada à clichês que envolvem histórias de superação, no caso descartando o sentimentalismo e apostando no besteirol. Para piorar os frequentes e, diga-se de passagem, nada divertidos flashbacks só ajudam o longa a ficar com ritmo ainda mais desregular. Para não ser totalmente do contra, um ou outro rompante do protagonista é digno de risos, como na cena em que um professor tem a ousadia de desmentir sua querida mamãezinha. Mexe com quem tá quieto! Bates, carregada num sotaque caipira, mais uma vez tem seu talento desperdiçado. Assim como faz Michael Caine, parece que a atriz prefere somar a seu currículo quantidade e não qualidade, assim frequentemente aceita papeis muito aquém de seu talento. Na época apontado como sucessor imediato de Jim Carrey à vaga de comediante de sucesso, Sandler levou multidões aos cinemas americanos para assistir O Rei da Água, mas o fenômeno não se repetiu no Brasil. Embora o início seja engraçado, quando Boucher se engaja de fato no esporte, incitado pelos esforços de Red Beaulieu (Jerry Reed), seu ex-patrão, em impedi-lo de jogar, o interesse pelo filme cai consideravelmente já que o futebol americano é uma modalidade que não atrai os brasileiros.
Um sujeito simplório que esconde habilidades atléticas que o credenciam a ser um promissor jogador de futebol americano. Ele tem uma mãe que o protege exageradamente e para completar é apaixonado por Vicki (Fairuza Balk), uma garota problemática. Esse perfil é bem parecido com o do personagem-título de Forrest Gump - O Contador de Histórias, mas este pode ser considerado um gênio na comparação com o que é a composição de Boucher, até porque Sandler é incapaz de transmitir a emoção necessária para retratar um homem que, apesar de conformado com sua vida medíocre, no fundo deseja ser feliz verdadeiramente. O roteiro também não ajuda. Escrita pelo próprio Sandler em parceria com Tim Herlihy, a trama é mal estruturada e enraizada à clichês que envolvem histórias de superação, no caso descartando o sentimentalismo e apostando no besteirol. Para piorar os frequentes e, diga-se de passagem, nada divertidos flashbacks só ajudam o longa a ficar com ritmo ainda mais desregular. Para não ser totalmente do contra, um ou outro rompante do protagonista é digno de risos, como na cena em que um professor tem a ousadia de desmentir sua querida mamãezinha. Mexe com quem tá quieto! Bates, carregada num sotaque caipira, mais uma vez tem seu talento desperdiçado. Assim como faz Michael Caine, parece que a atriz prefere somar a seu currículo quantidade e não qualidade, assim frequentemente aceita papeis muito aquém de seu talento. Na época apontado como sucessor imediato de Jim Carrey à vaga de comediante de sucesso, Sandler levou multidões aos cinemas americanos para assistir O Rei da Água, mas o fenômeno não se repetiu no Brasil. Embora o início seja engraçado, quando Boucher se engaja de fato no esporte, incitado pelos esforços de Red Beaulieu (Jerry Reed), seu ex-patrão, em impedi-lo de jogar, o interesse pelo filme cai consideravelmente já que o futebol americano é uma modalidade que não atrai os brasileiros.
Comédia - 89 min - 1998
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