NOTA 3,5 Casal do sucesso Casamento Grego deixa para trás toda a espontaneidade e carisma que o marcou em reencontro movido pela previsibilidade e monotonia |
A data 12 de junho é umas das
mais aguardadas pelo comércio, tempo de vender flores, chocolates, joias,
roupas e os restaurantes ajeitarem os salões para abrigarem o máximo de número
possível de mesas para casais. Quem está envolvido em um relacionamento,
principalmente os mais jovens, também cultuam a data, a aguardam com ansiedade,
mas para quem já está desencantado com o amor este dia é apenas mais um como
outro qualquer. A protagonista de Eu Odeio o Dia dos Namorados vive
uma situação dúbia quanto a essas impressões. Genevieve (Nia Vardalos) é dona
de uma floricultura que lucra horrores com esta comemoração, mas ela própria
foge de um compromisso sério. É claro que ela gosta de uma boa companhia,
ganhar presentes, beijar e fazer amor, mas tem uma regra estabelecida para se
proteger de futuras frustrações. Quando conhece alguém ela já se relaciona com
um objetivo fixo, não cria expectativas além de cinco encontros, assim ela
consegue aproveitar o melhor dos relacionamentos, a fase inicial em que tudo é
maravilhoso. A primeira vez é para dar uma paquerada básica; a segunda tem que
ousar um pouco mais para dar aquele friozinho na barriga e a vontade de quero
mais; o terceiro encontro deve ser aventureiro; o quarto tem que ser divertido
e surpreender o parceiro; e, por fim, o quinto e último deve ser inesquecível
afinal deve fechar o ciclo com chave de ouro, de preferência acabando em uma
cama. Passado tais compromissos é torcer para que o cara a esqueça ou ela
própria passa a ignorá-lo até que ele caia na real, mas de qualquer forma Genevieve
já estaria preparada para um rompimento sem traumas. Seguindo à risca essa
receita, ela possui uma vida que considera perfeita e recomenda o estilo a
todos, no entanto, certo dia surge uma pessoa em seu caminho capaz de fazê-la
rever seus conceitos. O charmoso e bonitão Greg (John Corbett) abre um
restaurante próximo à floricultura da moça, esta que se mostra interessada em
mais uma conquista. A recíproca é instantânea e ela fala abertamente sobre sua
teoria, o que instiga o rapaz a desafiá-la a vencer o desafio em sua companhia.
É óbvio que quando a aposta está chegando ao fim o que era apenas curtição
acaba se tornando algo mais sério, mas aceitando o amor Genevieve estaria
traindo seus princípios e isso complica o que era para ser simples.