Nota 4,0 Concentrando-se no romance, longa desperdiça assuntos pertinentes ao universo juvenil
Universitário bonito, inteligente
e boa praça conhece a garota dos seus sonhos, mas para viver essa amor terá que
vencer obstáculos, principalmente os que ele próprio se impõe. Esse pequeno
resumo serviria como sinopse para a maioria dos filmes estrelados por Freddie
Prinze Jr. Quem? Ele foi um ator de relativo sucesso entre o público
adolescente entre o final da década de 1990 e início dos anos 2000. Sua
carreira foi catapultada pelo terror teen Eu
Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado e sua continuação, mas
imediatamente o alçaram ao posto de galã em comédias românticas. Antes de ter
feito a má escolha de aceitar ingressar no elenco do live action de Scooby-Doo
e sua turma, o jovem estrelou pelo menos cinco comédias românticas onde
praticamente repetiu o mesmo perfil, sendo a mais lembrada Ela é Demais que acabou ganhando certa aura cult com o passar dos
anos. O mesmo não aconteceu com Louco Por Você
em que vive Al Connelly, um jovem que pretende seguir os mesmos passos de seu
pai e se tornar um grande chef de cozinha. Solitário e por vezes se sentindo
como um peixe fora d'água por não ser igual a seus amigos que só pensam em sexo
e curtição, o rapaz sente-se atraído de imediato ao conhecer Imogen (Julia
Stiles), uma aspirante a artista plástica que até então não estava disposta a
assumir as responsabilidades de um namoro sério. Eles se conheceram casualmente
em um barzinho, mas depois descobriram estudar na mesma universidade e voltaram
a se cruzar por acaso várias vezes. Logo estavam namorando e não queriam se
separar mais. Inteligentes e criativos, assunto não faltava ao casal que
parecia perfeito. Tudo ia de vento em popa, mas pela pouca idade e experiência
de vida que acumulavam, as muitas dúvidas que surgem sobre como estão
conduzindo o relacionamento vão minando aos poucos a relação que dura poucos
meses, mas o suficiente para deixar marcas na vida de ambos.
O romance entorna de vez quando Imogem retorna de uma viagem analisando sua vida com outros olhos. Com receio de perder sua juventude ao lado de um mesmo companheiro ela acaba traindo Connelly e ele, por sua vez quase um romântico à moda antiga, sente-se profundamente ferido. Os dois decidem que o melhor é se separar, mas como esquecer tudo que viveram juntos? Toda essa história é contada pelo rapaz aos amigos em uma conversa informal em uma cafeteria, mas na verdade é como se ele conversasse diretamente com o espectador. O batido recurso do flashback entra em cena para recapitular momentos do casal, mas é uma pena que o então estreante diretor e roteirista Kris Isacsson ofereça mais atenção a questão romântica e insípida e não se inspire a discutir que os problemas dos jovens estão enraizados em questões acerca do amadurecimento. Escolher uma profissão, cortar o cordão umbilical com a família ou não, as influências das amizades por vezes decisivas e tantas outras dúvidas comuns aos adolescentes poderiam ser abordadas, mas o longa se fecha em um assunto, como se a vida de um ser humano dependesse de ter alguém ao lado para chamar de amor. Antes de mais nada a pessoa deve amar a si mesma e isso implica em tomar decisões que podem impossibilitar relacionamentos amorosos. É doloroso, mas faz parte do crescimento. Legítimos representantes da nostálgica geração MTV (aquela que cresceu literalmente em ritmo de videoclipes), é triste ver que Prinze e Stiles não conseguiram seguir suas carreiras de forma saudável. Ele provavelmente pelas más escolhas de trabalhos, mas também porque preferiu se dedicar à família. Já a moça, cá entre nós, bem mais versátil e talentosa, conquistou alguns bons papeis, inclusive em A Identidade Bourne e suas continuações, mas novos convites para atuar tornaram-se raros. Embora não tenha ganhado fama de clássico no melhor estilo sessão da tarde, até por ficar devendo em matéria de humor, assistir Louco Por Você acaba se tornando um agradável programa nostálgico, muito por conta do saudosismo despertado por seus protagonistas. Para quem é contemporâneo aos atores, é uma lembrança de uma época cheia de sonhos e que, de fato, viver um grande amor era o principal deles.
O romance entorna de vez quando Imogem retorna de uma viagem analisando sua vida com outros olhos. Com receio de perder sua juventude ao lado de um mesmo companheiro ela acaba traindo Connelly e ele, por sua vez quase um romântico à moda antiga, sente-se profundamente ferido. Os dois decidem que o melhor é se separar, mas como esquecer tudo que viveram juntos? Toda essa história é contada pelo rapaz aos amigos em uma conversa informal em uma cafeteria, mas na verdade é como se ele conversasse diretamente com o espectador. O batido recurso do flashback entra em cena para recapitular momentos do casal, mas é uma pena que o então estreante diretor e roteirista Kris Isacsson ofereça mais atenção a questão romântica e insípida e não se inspire a discutir que os problemas dos jovens estão enraizados em questões acerca do amadurecimento. Escolher uma profissão, cortar o cordão umbilical com a família ou não, as influências das amizades por vezes decisivas e tantas outras dúvidas comuns aos adolescentes poderiam ser abordadas, mas o longa se fecha em um assunto, como se a vida de um ser humano dependesse de ter alguém ao lado para chamar de amor. Antes de mais nada a pessoa deve amar a si mesma e isso implica em tomar decisões que podem impossibilitar relacionamentos amorosos. É doloroso, mas faz parte do crescimento. Legítimos representantes da nostálgica geração MTV (aquela que cresceu literalmente em ritmo de videoclipes), é triste ver que Prinze e Stiles não conseguiram seguir suas carreiras de forma saudável. Ele provavelmente pelas más escolhas de trabalhos, mas também porque preferiu se dedicar à família. Já a moça, cá entre nós, bem mais versátil e talentosa, conquistou alguns bons papeis, inclusive em A Identidade Bourne e suas continuações, mas novos convites para atuar tornaram-se raros. Embora não tenha ganhado fama de clássico no melhor estilo sessão da tarde, até por ficar devendo em matéria de humor, assistir Louco Por Você acaba se tornando um agradável programa nostálgico, muito por conta do saudosismo despertado por seus protagonistas. Para quem é contemporâneo aos atores, é uma lembrança de uma época cheia de sonhos e que, de fato, viver um grande amor era o principal deles.
-->
Nenhum comentário:
Postar um comentário