Nota 4,0 Drama aborda de forma superficial tentativas de homem comum mudar seu futuro
Muitos filmes já investiram na fórmula
da pessoa que descobre que seu futuro não é lá muito auspicioso e corre contra
o tempo para tentar mudar seu destino. Geralmente tais produções são ligadas ao
gênero fantasia, horror ou suspense e garantem um filme razoavelmente divertido,
tudo o que Marcas do Passado não é. Seguindo a linha de um drama policial,
o longa dirigido por Mark Fergus, roteirista de Filhos da Esperança e Homem
de Ferro, é um tanto arrastado, desinteressante e repleto de personagens
sem função que apenas servem para confundir o espectador. O roteiro de Scott
Hastings nos apresenta a Jimmy Starkys (Guy Pearce) que está viajando sozinho
por uma estrada deserta quando tem um problema no carro. No pequeno vilarejo
mais próximo ele consegue auxílio, mas terá que aguardar praticamente o dia
todo até que o veículo fique pronto. Para passar as horas, o rapaz começa a
vagar pelas redondezas e encontra o vidente Vacaro (J. K. Simmons) e só por
distração paga por uma consulta mediúnica, embora não acredite em visões e
caçoe a cada novo comentário que o homem faz. Sua atenção muda quando é avisado
que em breve uma grande quantia de dinheiro chegará até ele de Dallas, mas
subitamente o vidente começa a se sentir mal e interrompe a consulta. De volta
a sua casa, Jimmy, que é vendedor, logo se vê envolvido em um negócio lucrativo,
a venda de jukeboxes (tipo de toca-músicas antigos e próprio para
estabelecimentos comerciais). O negócio começaria justamente por Dallas por ser
um importante centro comercial, mas junto com essa novidade ele também passa a
receber misteriosas correspondências e seu telefone quando toca fica mudo. Não
demora muito para que o rapaz descubra que quem está por trás dessas
pequenas brincadeiras é Vincent (Shea Whigham), um antigo parceiro de comércio
ilegal que passou um bom tempo na cadeia por conta de um episódio mal explicado
envolvendo Jimmy, este que ligando as evidências se apavora ao perceber que
pode ser morto pelo ex-amigo que está sob liberdade condicional e cheio de
ódio. Segundo a profecia, confirmada por uma cigana, o rapaz estaria a salvo
apenas até a primeira nevasca do ano.
A trama resumida dessa maneira é bem simples e indicaria um bom filme, mas o resultado obtido por Fergus decepciona, apesar de a conclusão surpreender levemente. Os principais problemas da produção é que ela não tem bons argumentos para sustentar a entrada de personagens secundários, assim não colaborando em nada para envolver o espectador, pelo contrário, só o deixa ainda mais fatigado e perdendo o foco principal do enredo. A subtrama de um novo trabalho na vida do protagonista também não empolga. Para variar, embora queira mudar de vida para dar melhores condições de vida à esposa Deidre (Piper Perabo, totalmente insossa), Jimmy tem um passado negro e ainda se envolve com negócios ilícitos, inclusive passando adiante seus conhecimentos da área, como adulterar planilhas de vendas e custos. Outro gancho que não é aproveitado é que logo nos primeiros minutos ficamos sabendo que o rapaz sofre de um pequeno problema cardíaco, algo que poderia intensificar o seu drama quanto a iminência da morte, mas até isso é desperdiçado pelo roteiro que da metade para o final investe em uma cansativa perseguição de Jimmy a Vincent e vice-versa que culmina em um diálogo totalmente previsível que explica as razões que levaram apenas um deles a passar uma temporada na prisão. Com um visual sujo e escuro e desfilando pela tela personagens vazios e que não dizem a que veio, Marcas do Passado só não é perfeito para curtir em noites de insônia porque é tão chato e clichê que acaba involuntariamente despertando a raiva do espectador. Fergus não soube nem mesmo criar um clima de tensão quando a tal nevasca começa a cair e Jimmy deveria apressar o passo para sobreviver. Tudo é levado empurrando com a barriga acompanhando a força de vontade de Guy Pearce em defender seu personagem que não convence como fora-da-lei e tampouco como bom moço. Produção totalmente desnecessária.
A trama resumida dessa maneira é bem simples e indicaria um bom filme, mas o resultado obtido por Fergus decepciona, apesar de a conclusão surpreender levemente. Os principais problemas da produção é que ela não tem bons argumentos para sustentar a entrada de personagens secundários, assim não colaborando em nada para envolver o espectador, pelo contrário, só o deixa ainda mais fatigado e perdendo o foco principal do enredo. A subtrama de um novo trabalho na vida do protagonista também não empolga. Para variar, embora queira mudar de vida para dar melhores condições de vida à esposa Deidre (Piper Perabo, totalmente insossa), Jimmy tem um passado negro e ainda se envolve com negócios ilícitos, inclusive passando adiante seus conhecimentos da área, como adulterar planilhas de vendas e custos. Outro gancho que não é aproveitado é que logo nos primeiros minutos ficamos sabendo que o rapaz sofre de um pequeno problema cardíaco, algo que poderia intensificar o seu drama quanto a iminência da morte, mas até isso é desperdiçado pelo roteiro que da metade para o final investe em uma cansativa perseguição de Jimmy a Vincent e vice-versa que culmina em um diálogo totalmente previsível que explica as razões que levaram apenas um deles a passar uma temporada na prisão. Com um visual sujo e escuro e desfilando pela tela personagens vazios e que não dizem a que veio, Marcas do Passado só não é perfeito para curtir em noites de insônia porque é tão chato e clichê que acaba involuntariamente despertando a raiva do espectador. Fergus não soube nem mesmo criar um clima de tensão quando a tal nevasca começa a cair e Jimmy deveria apressar o passo para sobreviver. Tudo é levado empurrando com a barriga acompanhando a força de vontade de Guy Pearce em defender seu personagem que não convence como fora-da-lei e tampouco como bom moço. Produção totalmente desnecessária.
Drama - 102 min - 2006
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