Nota 7,0 Apesar do título, longa não assusta, mas prende atenção com seu exercício de estilo
Natal é época de reunir a
família, trocar presentes e plantar a discórdia. É isso mesmo! Todos sabemos
que desavenças fazem parte das relações entre parentes o ano todo, mas parece
que o estresse causado pelos preparativos dos festejos de fim de ano acentuam
os problemas e quando todos estão reunidos fica difícil manter a pose e as
desavenças vem a tona. O resultado é que cada vez mais o espírito natalino está
em decadência e Krampus - O Terror do Natal tira
proveito disso. O casal Sarah (Toni Collette) e Tom Engel (Adam Scott), embora
esteja passando por uma crise, recebe alguns parentes para passarem o Natal
juntos, todavia, Max (Emjay Anthony), o filho caçula, se desilude com as tantas
alfinetadas entre os parentes e o desrespeito com os símbolos natalinos. Seus
tios Linda (Allison Tolman) e Howard (David Koechner), acompanhados de nada
menos que quatro filhos, só ajudam a aumentar a tensão com seus comentários
desagradáveis e fora de hora. Já a tia Dorothy (Conchata Farrell) ferve o
sangue de qualquer um com seu jeito inconveniente de ser e agir enquanto a calada
vovó Omi (Krista Stadler) parece a mais sensata de todos, mas a maior parte do
tempo parece alheia ao que acontece à sua volta. Irritado, o menino acaba
rasgando a cartinha que havia escrito para o Papai Noel pedindo que os festejos
voltassem a ser agradáveis como antigamente e jogando os pedaços para o céu
deixando explícita sua ira e decepção. Seu pessimismo, no entanto, acaba
despertando uma força demoníaca materializada na forma do Krampus, uma criatura
que representa o espírito maligno que ataca as pessoas desacreditadas no Natal.
Como a sombra do bom velhinho, ele não vem para presentear e sim para punir e
sua primeira vítima é Beth (Stephanie LaVie Owen), a irmã mais velha de Max,
que preocupada que o namorado não atende o telefone decide enfrentar uma forte
nevasca para ir à sua casa e desaparece misteriosamente, assim como parece ter
acontecido com toda a vizinhança.
Este é apenas o segundo longa do diretor Michael Dougherty que estreou com Contos do Dia das Bruxas, uma antologia de lendas urbanas de Halloween. Não era uma produção com claro propósito de chocar e sim assustar apostando mais em uma vertente mística e sombria através de um tom folclórico que tornava tal universo bastante instigante. O mesmo acontece neste seu trabalho seguinte que reúne terror, fantasia, comédia e porque não dizer até certo toque reflexivo. Optando mais pelo suspense e em bizarrices, o longa tem violência velada e não mostra sangue algum, mas nem por isso deixa de prender a atenção com situações bem construídas. A figura do vilão só é revelada no ato final, mas sua presença ao longo da narrativa se faz presente graças a ajuda de brinquedos endemoníados que tocam o terror para cima da família Engel obrigados a ficarem literalmente presos em casa por conta de uma nevasca que os deixou isolados, na escuridão e sem comunicação. Faltando dois dias para o Natal, é como se a vizinhança desaparecesse e somente eles existissem na cidade. Para quem odeia o período de festas e se interessa por produções que colaboram para detonar o já combalido clima de confraternização, Krampus - O Terror do Natal pode decepcionar, embora nos créditos iniciais sejam enfatizados os verdadeiros pesadelos natalinos. Crianças assustadas e forçadas a tirarem fotos com o Papai Noel, pais quase saindo no braço para conseguirem os últimos brinquedos das lojas para seus filhos birrentos, preços superfaturados aproveitando-se da demanda desenfreada... E o verdadeiro espírito natalino onde fica? Dougherty deixa no ar tal questionamento e até surpreende na conclusão. Seu filme, praticamente um exercício narrativo que amarra diversos estilos, prende a atenção para descobrirmos até onde vão suas bizarrices, que incluem até biscoitinhos endiabrados e a conhecida fobia quanto a figura dos palhaços. Só vendo para crer. Um ponto positivo a ser destacado é o momento em que a lenda do Krampus é explicada, uma delicada sequência feita em animação stop-motion. Vale uma conferida para fugir da mesmice das comédias e dramas natalinos.
Este é apenas o segundo longa do diretor Michael Dougherty que estreou com Contos do Dia das Bruxas, uma antologia de lendas urbanas de Halloween. Não era uma produção com claro propósito de chocar e sim assustar apostando mais em uma vertente mística e sombria através de um tom folclórico que tornava tal universo bastante instigante. O mesmo acontece neste seu trabalho seguinte que reúne terror, fantasia, comédia e porque não dizer até certo toque reflexivo. Optando mais pelo suspense e em bizarrices, o longa tem violência velada e não mostra sangue algum, mas nem por isso deixa de prender a atenção com situações bem construídas. A figura do vilão só é revelada no ato final, mas sua presença ao longo da narrativa se faz presente graças a ajuda de brinquedos endemoníados que tocam o terror para cima da família Engel obrigados a ficarem literalmente presos em casa por conta de uma nevasca que os deixou isolados, na escuridão e sem comunicação. Faltando dois dias para o Natal, é como se a vizinhança desaparecesse e somente eles existissem na cidade. Para quem odeia o período de festas e se interessa por produções que colaboram para detonar o já combalido clima de confraternização, Krampus - O Terror do Natal pode decepcionar, embora nos créditos iniciais sejam enfatizados os verdadeiros pesadelos natalinos. Crianças assustadas e forçadas a tirarem fotos com o Papai Noel, pais quase saindo no braço para conseguirem os últimos brinquedos das lojas para seus filhos birrentos, preços superfaturados aproveitando-se da demanda desenfreada... E o verdadeiro espírito natalino onde fica? Dougherty deixa no ar tal questionamento e até surpreende na conclusão. Seu filme, praticamente um exercício narrativo que amarra diversos estilos, prende a atenção para descobrirmos até onde vão suas bizarrices, que incluem até biscoitinhos endiabrados e a conhecida fobia quanto a figura dos palhaços. Só vendo para crer. Um ponto positivo a ser destacado é o momento em que a lenda do Krampus é explicada, uma delicada sequência feita em animação stop-motion. Vale uma conferida para fugir da mesmice das comédias e dramas natalinos.
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