Nota 1,0 Com tipos insossos e trama batida, fita de serial killer não conquista nem fãs do gênero
Quem foi adolescente no final da
década de 1990 teve o prazer de vivenciar um pouco do que certamente seus pais
viveram alguns anos antes. Seja em fitas VHS ou DVD, um dos programas
preferidos dos jovens era se reunir na casa de algum amigo a noite para curtir
uma sessão de terror, principalmente as fitas protagonizadas por psicopatas
como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo. Quando o gênero dos
slashers movie parecia sepultado, Pânico deu
sobrevida aos mascarados deitando e rolando em cima dos clichês e da ignorância
de certos perfis de personagens, fórmula que também garantiu o sucesso de Lenda Urbana e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado. Muitas outras fitas
menores surgiram querendo aproveitar tal onda, a maioria não fazendo questão
alguma de esconder a falta de criatividade como, por exemplo, Eu Estou Esperando Por Você. Só o título já é
um aviso de que vem bomba por aí. A produção é totalmente desnecessária, apenas requentando clichês
e até mesmo repetindo erros de outros filmes semelhantes. Sarah Zoltanne (Sarah
Chalke) e sua mãe Rosemary (Markie Post) acabam de se mudar para uma casa na
região do Massachussets, na Nova Inglaterra, uma construção cercada de
mistérios e que parece que literalmente parou no tempo, mais especificamente há
três séculos. Desde sua chegada a jovem tem recebido telefonemas anônimos nos
quais uma voz sinistra diz a frase que
intitula a fita. Além disso ela vem sendo atormentada por pesadelos que tem com
uma jovem também chamada Sarah que, segundo a lenda local, séculos atrás fora
queimada em uma fogueira nessa mesma casa rotulada como uma bruxa prometendo
voltar para se vingar dos descendentes daqueles que lhe condenaram a morte. É
claro que tais vítimas não por acaso farão parte do círculo social da
protagonista, ainda que não sejam seus amigos, apenas jovens bobocas e metidos
a populares no colégio e que azucrinam os novatos e a quem tacham como
esquisitos.
A protagonista parece só
encontrar apoio no também perseguido Charlie (Ben Foster) que trabalha em uma
loja de produtos místicos e afins, assunto que sempre a interessou. Se já não
bastasse a acusarem de ter alguma ligação com a antiga bruxa, inclusive que
poderia ser sua reencarnação, Sarah ainda terá que enfrentar um psicopata
mascarado que está matando os jovens da cidade, mais especificamente aqueles
que atormentam a moça com a tal lenda,
ainda que ela própria não esteja a salvo de também ser atacada. Embora munido
de garras, o assassino tem diversas forma de atacar e vitimar, o problema é que
suas técnicas na época já soavam ultrapassadas e não assustavam nem
criancinhas. Tentando pegar carona no ressurgimento da onda dos slashers
movies, tudo aqui parece um tanto raso para prender a atenção e até mesmo a
dúvida quanto a identidade do vilão se esvai bem antes do clímax. Apesar da
falta de criatividade do roteiro de Duane Poole, é importante ressaltar que é
baseado em um romance de Lois Duncan, o mesmo autor da obra que inspirou o
citado Eu Sei o Que Vocês Fizeram no
Verão Passado que mesmo narrando uma história batida trazia um clima de
tensão constante e afinado. Eu Estou Esperando
Por Você não consegue nem uma atmosfera adequada, mesmo contando
com o gancho envolvendo feitiçaria, o que deixa clara a preguiça do diretor
Christopher Leitch. Sem saber que caminho seguir, a certa altura o argumento
sobrenatural é mandado às favas e até a subtrama envolvendo o professor Ted
(Tom Dugan) tentando emplacar um relacionamento com a mãe de Sarah, com claras
objeções da jovem quanto a seus estranho comportamento, também perde sentido. Feito
para a TV americana, o longa teve um discreto lançamento em VHS no Brasil e
deve ter frustrado muito moleque que alugou a fita como pretexto para reunir a
galera para uma farrinha no fim de semana regada a pipoca e refrigerante.
Terror - 88 min - 1998
Terror - 88 min - 1998
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