Nota 6,0 Apesar da narrativa ligeira e pouco desenvolvida, longa ousa tocar em temas polêmicos
Um líder religioso deve ser alguém respeitável e livre de qualquer tipo de pecado. Bem, se a afirmação é correta, é no mínimo incoerente que os pastores possam constituir famílias. Quem aproveita o pecado da luxúria... Sem querer fazer julgamentos morais sobre as regras que comandam os cultos religiosos não cristãos, digamos que o suspense Pecados da Fé é um verdadeiro soco no estômago de seus fiéis. Por outro lado, é uma pena que tenha sido lançado no Brasil por uma distribuidora pequena e hoje seja uma fita esquecida na casa de pessoas que o adquiriram em saldões de locadoras. A trama escrita por John Benjamin Martin gira em torno do casal Emily (Alexandra Paul) e Ted Wendell (J. C. MacKenzie), pessoas respeitadas e bem-sucedidas que construíram suas reputações a frente de uma pequena congregação na região sul da Pensilvânia. Eles ilustram com perfeição o ditado que diz que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Emily administra a casa e os negócios do marido desde que ele a resgatou de uma vida deprimente que quase a levou a morte. Contudo, a felicidade deles é abalada pelo próprio sucesso. Ted já transmitia seus sermões através das ondas do rádio, mas recebeu um convite para ter um programa na TV e desde então mudou a forma de tratar a esposa. Sentindo a mudança de comportamento, para Emily veio a calhar a chegada de um forasteiro, o jovem Luke McElroy (Corey Sevier), que imediatamente passa a ser protegido por seu marido que não dá ouvidos as suas desconfianças iniciais. Podendo morar no quarto dos fundos da igreja e tendo passe livre na casa do pastor, o rapaz logo começa a assediar Emily que também não demora a fantasiar um relacionamento extraconjugal. Quando se entrega ao pecado da paixão, no entanto, ela se arrepende amargamente. Não é apenas a traição que pode colocar a reputação dos Wendell em risco, mas Luke revela-se um criminoso que sabe muito sobre o obscuro passado desta mulher e passa a chantageá-la para se livrar de uma dívida.