Nota 2,0 Longa nada mais é que um amontoado de clichês para sustentar enredo fraco e confuso
É muito difícil
escrever algum comentário ou até mesmo uma simples sinopse quando um filme não
causa o menor impacto positivo. O suspense O Pântano exige
paciência do espectador que provavelmente precisará assisti-lo mais de uma vez
para tirar algum parecer, mesmo que negativo, desta obra enfadonha e
repetitiva. Todos os clichês possíveis do gênero estão presentes, a começar
pela protagonista perturbada mentalmente que sai do conforto da sua casa para
procurar sarna para se coçar. Claire Holloway (Gabrielle Anwar) é uma jovem e
bem-sucedida escritora de livros infantis com toques de horror, mas sua vida
pessoal não anda bem. Ela é constantemente assombrada por visões de violência e
morte e a situação só piora quando ela resolve passar uma temporada na Fazenda
Rose Marsh. Ela viu a foto do local na internet e o achou idêntico a um desenho
que possui. Sentindo-se atraída pela região, ela decide ira para lá acreditando
que assim conseguiria inspiração para seu novo livro, mas acaba encontrando uma
legítima história de fantasmas da qual ela pode ter algum tipo de ligação, o
que explicaria seu repentino fascínio pela propriedade. A escritora desenterra
uma história dos antigos moradores do casarão em que se hospeda, no entanto,
que não fica bem explicada. Primeiro acreditamos que uma garotinha caiu no
pântano da propriedade e seu irmão sentindo-se culpado passou a procurá-la
desesperadamente e não voltou mais para casa. Depois o conto já é outro, mas de
uma estupidez tremenda por parte do roteirista Michael Stokes, forçando uma
situação que não convence. Detalhar as explicações tiraria o fator surpresa do
longa, se é que ele existe, mas digamos que a primeira versão sobre a morte do
adolescente e da menininha cujos fantasmas estão aparecendo para a protagonista
era bem melhor que a segunda versão das explicações.
Além do enredo não
ajudar, as interpretações também são fraquíssimas, incluindo um apático Forest
Whitaker que na época ainda não era tão famoso (hoje em dia ele deve até se
envergonhar de ter feito esse trabalho). Ele vive o consultor paranormal
Geoffrey Hunt, uma espécie de guia da cidade que auxilia a protagonista em suas
pesquisas sobre o passado do local, assim pouco a pouco Claire acaba tendo
contato com as assombrações da casa em que se hospedou e assim vêm à tona as
histórias de algumas mortes misteriosas. Hunt na verdade teria como principal
função esmiuçar o enredo para Claire e aos espectadores, mas ele também deveria
ter sido usado como um guia para o diretor Jordan Barker que parece um
deslumbrado brincando de fazer cinema de horror abarrotando seu trabalho de
efeitos sonoros estridentes, vultos no espelho, luzes que piscam sozinhas,
neblina e ruídos estranhos, enfim todos os clichês do gênero cumprem expediente
no longa. Dessa forma tudo o que deveria ser usado para causar sustos só serve
para prevenir o espectador do que vem por aí e assim baixar o seu nível de
tensão e anular qualquer possibilidade de impacto. Sem mexer com as emoções do
público, causando no máximo um ou outro leve calafrio, O Pântano revela-se uma grande
bobagem que nem mesmo reciclando velhas fórmulas consagradas consegue acertar,
culpa também do roteiro insípido de Stokes que parece ter assistido a uma
maratona de filmes B antigos para se inspirar. Não satisfaz sequer a quem é
adepto de sanguinolência, pois o molho de tomate foi economizado ou nem havia
dinheiro para gastar com isso. Bem, talvez essa “limpeza” nas cenas seja a
única coisa boa deste filme que somando as cenas e diálogos consideráveis poderia
até render um curta ou média-metragem razoável. Pena que a ambição do diretor
foi maior que seu orçamento e criatividade.
Terror - 93 min - 2006
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