Nota 7,0 Em processo de adoção, pai e filho aprendem a viver em família e se adaptar ao mundo
Estamos acostumados com o estilo
de filmes que abordam superações e aprendizados, sempre muito emotivos, com
grandiosas lições de moral e não raramente com temáticas ligadas à educação
escolar ou ao esporte. Por conta da super exploração, principalmente em
Hollywood, a maioria das produções desta seara acabam caindo no esquecimento,
mas Ensinando a Viver não merecia tal destino,
ainda que não ofereça grandes novidades. O segredo para ser acima da média é
simplesmente a forma eficiente com que o diretor Menno Meyjes emprega diversos
clichês sem abusar muito da inteligência do espectador, além de tirar bom
proveito de seus protagonistas interpretados por um jovem promissor e um ator
experiente. David Gordon (John Cusack) cresceu cheio de traumas de infância, não
conseguia se encaixar no mundo como um garoto normal e por isso era
constantemente rejeitado pelos colegas, mas todos os problemas que passou o ajudaram
a se tornar um bem-sucedido escritor de livros infantis de ficção científica. Ele
próprio acreditava que um dia extraterrestres viriam buscá-lo. Tentando superar
a morte da esposa, que perdera durante o processo de adoção de uma criança,
dois anos depois ele decide retomar essa ideia, mas o escolhido teria que ser
alguém tão imaginativo quanto ele. Eis que surge Dennis (Bobby Coleman), um
menino abandonado em um orfanato cheio de excentricidades, dentre elas detestar
a luz solar, viver escondido dentro de uma caixa de papelão e dizer com toda
convicção que veio de Marte para uma missão especial. Apoiado por sua grande
amiga Harlee (Amanda Peet), Gordon decide se aproximar do garoto com quem tanto
se identificou mesmo sabendo das dificuldades para criar uma criança
aparentemente problemática. É óbvio que a relação irá fazer muito bem a ambos
que com a troca de experiências irão juntos superar suas dificuldades emocionais.


