Nota 6,0 Garoto tem uma ideia de gênio para faturar, se divertir e de quebra descolar um amor
A Netflix não só tem fomentado seu
catálogo com produções de baixo orçamento como também está se preocupando em
lançar talentos. O ator Noah Centineo é um deles e se especializando em
comédias românticas para o serviço de streaming, como prova O Date Perfeito que segura as pontas graças ao
carisma do rapaz. Do contrário, bastam alguns minutos para você manjar toda a
trama, embora isso não seja um problema para os fãs do gênero. Ele interpreta
Brooks Rattigan, um rapaz bonito, carismático e extremamente educado, além de
bastante sonhador, o príncipe com o qual qualquer garota sonharia. Com uma vida
limitada entre a escola e o trabalho em uma lanchonete, ele enxerga novos
horizontes ao aceitar uma inusitada proposta: levar a rebelde e deslocada Celia
Lieberman (Laura Marano) a um baile colegial simplesmente para lhe fazer
companhia e ainda ser pago para isso. Além de obviamente rolar um interesse
romântico pela garota, o que parecia uma oportunidade passageira de ganhar um
dinheirinho fácil acaba se transformando em uma profissão. Com o objetivo de
estudar em uma renomada universidade, com a ajuda de seu melhor amigo Murph
(Odiseas Georgiadis), o jovem cria um aplicativo de encontros, mas relativamente
diferenciado dos que já existem. Sem envolvimento sexual (embora soe improvável),
o rapaz é contratado para fazer companhia a mulheres solitárias em festas, jantares
ou simplesmente para elas terem com quem conversar e desabafar. No ato da
contratação elas já definem qual o tipo de “date” (encontro em inglês) que
desejam, assim Rattigan se prepara encarnando uma personalidade diferente para
cada situação ao gosto da freguesa. Mauricinho, bad boy, esportista e até mesmo
um bobão. Não importa a fantasia, ele literalmente veste a personagem, além de oferecer
os serviços de motorista de aplicativo buscando e devolvendo as contratantes
intactas. Contudo, assim como o rapaz troca de perfil a cada encontro, suas
atitudes e convicções também mudam em um estalar de dedos, revelando que por de
trás de toda a diversão de seu trabalho ele se sente no fundo vazio e confuso.
Ao que tudo indica, deveríamos sentir compaixão do protagonista, mas em nenhum momento o levamos a sério. Vemos seus esforços diários como uma brincadeira de um adolescente que se acha o tal e nem nos lembramos que todos os seus esforços são para juntar dinheiro para os estudos. Por eliminar a conotação sexual da questão, é possível se divertir com o garotão que se realiza dirigindo carros bacanas emprestados, comendo e bebendo às custas das clientes e ainda sendo pago para isso. Centineo faz boa figura, posa de rapaz descolado, mas não demonstra muitos dotes dramáticos, talvez por isso as várias personalidades que assume, em geral, sejam mostradas rapidamente demarcadas pela troca de figurino apenas, não dando oportunidade de o rapaz mostrar sua versatilidade. Ou seria para poupá-lo de vexames? De qualquer forma, a trama escrita por Steve Bloom foi feita sob medida para o ator teen brilhar e agradar seus fãs e amantes de comédias românticas bem açucaradas. As meninas certamente se imaginarão no lugar de alguma contratante dos serviços de Rattigan e os garotos podem vir a se identificar, digamos, com o drama do protagonista e obviamente se divertir com os benefícios que consegue com seu emprego dos sonhos. O diretor Chris Nelson, do superior Saindo do Armário, transforma uma história velha e conhecida em algo renovado e atualizado para o público da era digital onde tudo está ao alcance de um clique, inclusive a companhia perfeita, mesmo que por algumas poucas horas. O cineasta não se preocupa em desviar dos clichês, pelo contrário, os abraça com toda devoção e ao final reforça a sempre bem-vinda lição que para ser alguém na vida basta ser você mesmo, autêntico com seus defeitos e virtudes. E quanto ao romance de Rattigan e Celia? Claro que ele não é entregue de bandeja e incialmente os dois demonstram não ter interesse um no outro, assim eles se ajudam mutuamente a conquistar seus crushes até cair a ficha que, apesar das diferenças, eles se completam. O Date Perfeito é um passatempo agradável e com potencial para jovenzinhas elegerem como o filme de suas vidas, romântico, divertido e raso tal qual uma boa sessão da tarde das antigas.
Ao que tudo indica, deveríamos sentir compaixão do protagonista, mas em nenhum momento o levamos a sério. Vemos seus esforços diários como uma brincadeira de um adolescente que se acha o tal e nem nos lembramos que todos os seus esforços são para juntar dinheiro para os estudos. Por eliminar a conotação sexual da questão, é possível se divertir com o garotão que se realiza dirigindo carros bacanas emprestados, comendo e bebendo às custas das clientes e ainda sendo pago para isso. Centineo faz boa figura, posa de rapaz descolado, mas não demonstra muitos dotes dramáticos, talvez por isso as várias personalidades que assume, em geral, sejam mostradas rapidamente demarcadas pela troca de figurino apenas, não dando oportunidade de o rapaz mostrar sua versatilidade. Ou seria para poupá-lo de vexames? De qualquer forma, a trama escrita por Steve Bloom foi feita sob medida para o ator teen brilhar e agradar seus fãs e amantes de comédias românticas bem açucaradas. As meninas certamente se imaginarão no lugar de alguma contratante dos serviços de Rattigan e os garotos podem vir a se identificar, digamos, com o drama do protagonista e obviamente se divertir com os benefícios que consegue com seu emprego dos sonhos. O diretor Chris Nelson, do superior Saindo do Armário, transforma uma história velha e conhecida em algo renovado e atualizado para o público da era digital onde tudo está ao alcance de um clique, inclusive a companhia perfeita, mesmo que por algumas poucas horas. O cineasta não se preocupa em desviar dos clichês, pelo contrário, os abraça com toda devoção e ao final reforça a sempre bem-vinda lição que para ser alguém na vida basta ser você mesmo, autêntico com seus defeitos e virtudes. E quanto ao romance de Rattigan e Celia? Claro que ele não é entregue de bandeja e incialmente os dois demonstram não ter interesse um no outro, assim eles se ajudam mutuamente a conquistar seus crushes até cair a ficha que, apesar das diferenças, eles se completam. O Date Perfeito é um passatempo agradável e com potencial para jovenzinhas elegerem como o filme de suas vidas, romântico, divertido e raso tal qual uma boa sessão da tarde das antigas.
Comédia romântica - 89 min - 2019
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