Nota 4,0 Parodiando um filme do Homem-Aranha, filme pastelão não é tão ruim quanto parece
Desde que Todo Mundo em Pânico surgiu, as comédias satíricas que tiram onda
com o próprio cinema, uma espécie de metalinguagem esdrúxula, acabaram se
tornando um subgênero e por um tempo eram constantes os lançamentos do tipo,
mas nenhum voltou a repetir o sucesso da piada com as fitas de seriais killers.
Até mesmo suas continuações falharam. A cada novo lançamento desta seara fica
ainda mais nítido a precariedade destas produções e as brincadeiras se tornam
cada vez mais obscenas e inacreditavelmente ridículas. Produções to tipo na
verdade já existiam desde a década de 1980, em menor quantidade, diga-se de
passagem, mas durante uma época houve um desencadeamento de fitas do tipo,
comédias vexatórias que levam o espectador a rir inconscientemente de cenas
absurdas que misturam críticas, esculachos, política, sexo, apologia às drogas,
humilhação, personalidades, enfim um caldeirão de referências, a maioria
politicamente incorreta no grau mais alto possível. Bem, até que a citada sátira
ao sucesso teen Pânico e suas cópias
tinha certa graça, era bem bolado e tinha uma dose de ousadia aceitável, mas o
que veio depois são exemplos execráveis e praticamente uma ofensa aos
adolescentes, declaradamente o público-alvo. Todavia, dessa leva de bobagens,
podemos salvar ao menos um título: Super-Herói - O
Filme. Embora mantenha a estrutura de alinhavar piadas fáceis
acerca de sucessos do cinema, fofocas e polêmicas da vida real e atire para
tudo quanto é lado em busca de gargalhadas, a grande inspiração do diretor e
roteirista Craig Mazin veio do longa Homem-Aranha,
o primeiro exemplar da trilogia protagonizada por Tobey Maguire. Qualquer
semelhança não é mera coincidência. O jovem franzino Rick Riker (Drake Bell)
sempre foi tímido, desengonçado e saco de pancadas da rapaziada do colégio, mas
tudo muda após ele ser picado por uma libélula geneticamente modificada. O
rapaz ganha habilidades sobre-humanas e decide então usar seus poderes para
fazer o bem e transforma-se no Homem-Libélula que aos trancos e barrancos passa
a combater crimes e rapidamente chamas a atenção da imprensa, dos populares e,
obviamente, de inimigos.
Travestido com um justíssimo uniforme verde, Riker até se esforça para ajudar as pessoas, mas inevitavelmente sempre acaba colocando-as em apuros ainda maiores. Para completar, ele terá de enfrentar um grande vilão, o Ampulheta (Christopher McDonald), que usa seu poder para roubar a fonte de vida das pessoas na sua busca incansável pela imortalidade. Será que o Libélula conseguirá com sua força, velocidade e astúcia impedi-lo? De qualquer forma, o grande dilema deste atrapalhado super-herói é saber se vai conquistar ou não o amor da bela Jill Johnson (Sara Paxton), sua colega de escola. Ao longo do filme podemos perceber que várias cenas foram parodiadas seguindo à risca a fonte criada pelo cineasta Sam Raimi. Até os tios idosos do protagonista batem cartão, valendo destaque a participação do saudoso e careteiro Leslie Nielsen, um ícone do humor rasgado e paródias. Também vão sendo inseridas referências a outras produções, principalmente sobre heróis como a "homenagem" feita aos X-Men que ganharam uma sequência razoavelmente longa com direito a um papel constrangedor para a siliconada Pamela Anderson. Talvez o excesso de participações rápidas não seja apenas para fazer piadas do tipo piscou perdeu, mas também para dar movimentação à trama já que Bell não segura o rojão sozinho. Com uma parte técnica e interpretações propositalmente amadoras (na boa vontade acreditamos nessa possibilidade), Super-Herói - O Filme não chega a ser um dos piores pastelões de todos os tempos. Dá para encará-la na boa, porém, merece um puxão de orelha daqueles por inserir um personagem com uma grave deficiência e explorá-lo de maneira depreciativa. De qualquer forma, mesmo repleto de clichês, o Homem-Libélula aparentemente teria fôlego para segurar uma franquia, mas graças aos céus ainda tem gente em Hollywood com bom senso e o herói teve que aposentar seu colante uniforme precocemente. Que continue em repouso.
Travestido com um justíssimo uniforme verde, Riker até se esforça para ajudar as pessoas, mas inevitavelmente sempre acaba colocando-as em apuros ainda maiores. Para completar, ele terá de enfrentar um grande vilão, o Ampulheta (Christopher McDonald), que usa seu poder para roubar a fonte de vida das pessoas na sua busca incansável pela imortalidade. Será que o Libélula conseguirá com sua força, velocidade e astúcia impedi-lo? De qualquer forma, o grande dilema deste atrapalhado super-herói é saber se vai conquistar ou não o amor da bela Jill Johnson (Sara Paxton), sua colega de escola. Ao longo do filme podemos perceber que várias cenas foram parodiadas seguindo à risca a fonte criada pelo cineasta Sam Raimi. Até os tios idosos do protagonista batem cartão, valendo destaque a participação do saudoso e careteiro Leslie Nielsen, um ícone do humor rasgado e paródias. Também vão sendo inseridas referências a outras produções, principalmente sobre heróis como a "homenagem" feita aos X-Men que ganharam uma sequência razoavelmente longa com direito a um papel constrangedor para a siliconada Pamela Anderson. Talvez o excesso de participações rápidas não seja apenas para fazer piadas do tipo piscou perdeu, mas também para dar movimentação à trama já que Bell não segura o rojão sozinho. Com uma parte técnica e interpretações propositalmente amadoras (na boa vontade acreditamos nessa possibilidade), Super-Herói - O Filme não chega a ser um dos piores pastelões de todos os tempos. Dá para encará-la na boa, porém, merece um puxão de orelha daqueles por inserir um personagem com uma grave deficiência e explorá-lo de maneira depreciativa. De qualquer forma, mesmo repleto de clichês, o Homem-Libélula aparentemente teria fôlego para segurar uma franquia, mas graças aos céus ainda tem gente em Hollywood com bom senso e o herói teve que aposentar seu colante uniforme precocemente. Que continue em repouso.
Comédia - 85 min - 2008
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