Nota 7,0 Prequel acima da média enfoca o início das atividades macabras de um decadente motel
Parece uma regrinha básica de Hollywood: qualquer filme de
horror, seja ele sucesso ou não, precisa gerar ao menos uma sequência para
ganhar alguns trocados dos aficionados pelo gênero, porém, dificilmente tais
produções superam as originais. O que dizer então de uma fita do tipo ganhando
uma continuação sem seus protagonistas originais e ainda com um roteiro calcado
em acontecimentos anteriores ao primeiro filme? Tudo leva a crer que esse
prequel será uma verdadeira bomba, mas Temos Vagas 2 - A Primeira Diária acaba
surpreendendo positivamente, isso se você não for um expectador extremamente
crítico. Embora não tenha sido o responsável pelo primeiro filme, o diretor
Eric Bross conseguiu manter o clima de tensão semelhante oferecendo bons sustos
e injetando uma dose maior de adrenalina. Um decadente motel de beira de
estrada acaba sendo bastante frequentado por viajantes que desejam descansar a
noite, mas também pode ser o destino escolhido por alguns casais para passarem
alguns momentos a sós em um lugar isolado e tranquilo. Com câmeras
estrategicamente posicionadas nos quartos, o gerente Reece (Brian Klugman) e
seu funcionário Gordon (David Moscow) se divertem assistindo e gravando as
intimidades dos hóspedes, mas certa noite essa diversão voyeurista ganha
contornos macabros com a chegada de Smith (Scott G. Anderson). Ele se hospedou
com uma jovem e foi flagrado a violentando e a esfaqueando até a morte. Pego em
flagrante, o assassino acaba convencendo os funcionários do motel a lhe
ajudarem com seus planos bizarros. Assim ele propõe que o deixem praticar seus
atos violentos à vontade e eles poderiam gravar as sessões de tortura e
assassinatos e depois disponibilizarem as fitas para venda clandestina. O
negócio vai bem até que os jovens Caleb (Trevor Wright), Jessica (Agnes
Bruckner) e Tanner (Arjay Smith) se hospedam certa noite. Com a passagem do
grupo por lá tudo pode mudar para a gangue de sádicos.
Se no primeiro filme ficamos sem saber as razões que levaram os funcionários do motel a curtirem jogos de tortura e mutilação e ainda por cima realizarem gravações, aqui encontramos o porquê de tudo isso e o que os levou a embarcar no comércio ilegal de filmes caseiros macabros, os chamados "snuff movies". Aqui vemos o quanto mentes fracas ou doentias são facilmente manipuladas e embarcam em situações de risco sem medirem as consequências. As cenas de violência são mais cruéis que as do primeiro filme, mas não caem na armadilha de serem transformadas em cenas bobas típicas de filmes sobre serial killers e que geralmente estragam as continuações ou prelúdios. Desde a primeira cena um clima tenso paira no ar e a excelente cenografia e iluminação contribuem, e muito, para o conjunto funcionar. Aliás, aqui existe muito mais movimentação de câmera e cenários para serem explorados, evitando que o filme se torne monótono, embora a produção tenha uma duração bastante enxuta. Mesmo com duras críticas recebidas até mesmo por fãs do gênero, Temos Vagas 2 - A Primeira Diária está longe de ser o lixo que muitos esperam ou bradam por aí, até porque o desenvolvimento do enredo ficou a cargo de Mark L. Smith, o mesmo roteirista do original, assim não encontramos aquelas temidas furadas ou sequências desconexas (ou pelo menos não estão presentes em quantidades absurdas). Uma pena que para fazer um elo entre as fitas ainda mais consistente não conseguiram recrutar o ator Frank Whaley, o mentor dos planos bizarros que tiraram o sono do casal vivido por Kate Beckinsale e Luke Wilson no primeiro massacre. Aliás, um ponto positivo era que conseguíamos nos simpatizar por seus personagens e torcer até o fim por eles, mas neste caso do grupo de adolescentes não temos a mesma sintonia, não há espaço para desenvolver seus perfis. De qualquer forma, vale uma conferida sem tirar conclusões precipitadas.
Se no primeiro filme ficamos sem saber as razões que levaram os funcionários do motel a curtirem jogos de tortura e mutilação e ainda por cima realizarem gravações, aqui encontramos o porquê de tudo isso e o que os levou a embarcar no comércio ilegal de filmes caseiros macabros, os chamados "snuff movies". Aqui vemos o quanto mentes fracas ou doentias são facilmente manipuladas e embarcam em situações de risco sem medirem as consequências. As cenas de violência são mais cruéis que as do primeiro filme, mas não caem na armadilha de serem transformadas em cenas bobas típicas de filmes sobre serial killers e que geralmente estragam as continuações ou prelúdios. Desde a primeira cena um clima tenso paira no ar e a excelente cenografia e iluminação contribuem, e muito, para o conjunto funcionar. Aliás, aqui existe muito mais movimentação de câmera e cenários para serem explorados, evitando que o filme se torne monótono, embora a produção tenha uma duração bastante enxuta. Mesmo com duras críticas recebidas até mesmo por fãs do gênero, Temos Vagas 2 - A Primeira Diária está longe de ser o lixo que muitos esperam ou bradam por aí, até porque o desenvolvimento do enredo ficou a cargo de Mark L. Smith, o mesmo roteirista do original, assim não encontramos aquelas temidas furadas ou sequências desconexas (ou pelo menos não estão presentes em quantidades absurdas). Uma pena que para fazer um elo entre as fitas ainda mais consistente não conseguiram recrutar o ator Frank Whaley, o mentor dos planos bizarros que tiraram o sono do casal vivido por Kate Beckinsale e Luke Wilson no primeiro massacre. Aliás, um ponto positivo era que conseguíamos nos simpatizar por seus personagens e torcer até o fim por eles, mas neste caso do grupo de adolescentes não temos a mesma sintonia, não há espaço para desenvolver seus perfis. De qualquer forma, vale uma conferida sem tirar conclusões precipitadas.
Terror - 85 min - 2009
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Minha opinião: nota zero.
ResponderExcluirO primeiro achei razoável. Essa sequência deveria ter sido barrada ainda na sala do roteiro. Um absurdo total.