NOTA 7,0 Patrick Dempsey é o chamariz de longa que apenas recicla velhas e consagradas receitas |
Certo dia Hannah avisa Tom que
está de partida para uma viagem de trabalho à Escócia e que voltará em seis
semanas. Os dias passam e o solteirão convicto passa a perceber que sente uma
falta além do normal da amiga e que sua vida ficou com um vazio. Nem mesmo um
convite de uma bela garota para sair lhe anima. Só o prazer de uma noite de
farra não lhe satisfaz e ele precisa de alguém para conversar e admirar sem que
a tal mulher esteja necessariamente sem roupa. Finalmente a ficha cai e ele se
dá conta de que ele é apaixonado por Hannah e decide se declarar para ela ainda
no aeroporto quando ela retornar. Porém, o destino foi irônico. Ela retorna com
um noivo a tiracolo, o duque Colin McMurray (Kevin Mckidd), e convida Tom para
ser sua madrinha de casamento, afinal de contas essa é uma vaga a ser ocupada
por aquela pessoa que sempre esteve ao lado da noiva. Na realidade ela o quer
para ajudar a organizar sua festa, seguindo o costume americano da madrinha
fazer o equivalente ao papel da mãe da noiva no Brasil. Fazer o que se ele é
quem mais entende os gostos e vontades da jovem. Ele aceita o convite, inclusive
viajar para a Escócia, mas com segundas intenções. Estando ao lado de Hannah
todos os dias, as chances de desfazer o noivado são grandes. É hora de fazer
com que ela o enxergue como um homem e não como um irmão. Aí vêm os clichês
desse tipo de enredo. Uma mulher invejosa e despudorada entra em cena, a amiga
gordinha que sonha em arranjar um namorado na festa e obviamente a disputa
entre os dois homens apaixonados pela mesma dama, com direito a Dempsey vestido
de escocês, com aquela sainha e tudo, para uma partida de um esporte
tradicional no país. E claro que uma revanche no basquete estrategicamente
armada por Tom.
A premissa de um homem ocupando a
vaga de madrinha de casamento poderia render uma boa comédia se o roteiro de
Adam Sztykiel, Deborah Kaplan e Harry Elfont não optasse pela veia romântica,
mas como o amigo da noiva em questão não é um gay cheio de fricotes ou um
brucutu nada chegado a tarefas domésticas, o jeito foi reciclar velhas fórmulas
e manter a aura de galã do protagonista. Dempsey já havia explorado o campo da
comédia, ainda que timidamente, em Encantada,
mas parece não se sentir muito a vontade no gênero, embora as cenas mais divertidas
sejam de seu personagem interagindo com as outras madrinhas e tentando se
ambientar ao mundo feminino, assim como suas conversas com os amigos durante os
jogos de basquete. Tal sensação de estranheza do ator com o gênero também pode
surgir devido a falta de química com a mocinha da fita que precisava de umas
aulas com Cameron Diaz ou Drew Barrymore antes de pretender estrelar comédias
românticas. Se o casal principal não é dos melhores, a previsibilidade do
roteiro também pode incomodar, porém, temos um alívio com a inserção de cenas
que mostram as tradições escocesas para os casamentos, assim como o deleite de
ver as belas paisagens do interior da Escócia, com direito a um castelo em
estilo medieval para reforçar a aura de conto de fadas do enredo. Em suma, O
Melhor Amigo da Noiva não se arrisca e justamente por isso não se pode
condená-lo completamente. A proposta claramente não era trazer inovações ao
gênero, simplesmente reforçar o sentimento amoroso tão propagado por outros
títulos, afinal seu público alvo ao que tudo indica não gosta de ser
surpreendido e quer sempre um final feliz. Visto por esse ângulo, esta produção
é correta, eficiente e perfeita para uma tarde sem nada para fazer.
Comédia romântica - 101 min - 2008
Comédia romântica - 101 min - 2008
Achei um filme bem frágil....decepcionante eu diria.
ResponderExcluirComédia romântica, com profunda reflexão é Medianeras. Se nem de comédia é adequada chamar.
Recomendo.
abs
Assisti a esse filme dia desses na Temperatura Máxima e sabe que gostei. Um passatempo bem agradável para uma tarde de domingo.
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