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domingo, 21 de fevereiro de 2016

QUANDO EM ROMA

Nota 4,5 Diretor de filmes de ação experimenta o campo do romance, mas comete muitos erros

As comédias românticas cujo casal protagonista não é lá muito conhecido ou a introdução da história não é satisfatória fatalmente não empolgam o espectador que acredita estar assistindo a mais um daqueles filmes que causam risos não por seu conteúdo, mas sim por serem mal feitos. Bem, Quando em Roma não é maravilhoso, mas também não é o pior filme já feito. Ele está no mesmo patamar da maioria de seus colegas de gênero: regular, apenas um passatempo que não irá mudar sua vida e tampouco piorá-la. A história criada por David Diamond e David Weissman é protagonizada por Beth (Kristen Bell), uma jovem que trabalha no ramo das artes organizando exposições e é muito bem sucedida no que faz, porém, no amor ela é uma fracassada. Todos seus relacionamentos não dão certo e parece que sempre é ela o problema do casal. Sua sorte muda literalmente quando viaja para Roma para o casamento de sua irmã. Na festa ela conhece o jornalista Nick (Josh Duhamel), por quem se interessa e a recíproca parece verdadeira, mas em poucas horas seu encanto acaba ao flagrá-lo com outra mulher em atitudes suspeitas. Meio perturbada, ela entra em uma fonte de água em uma praça e começa a caçar as moedas que as pessoas jogam acreditando no folclore da fonte dos desejos. Voltando a Nova York, como num passe de mágica, ela começa a ser perseguida por vários homens que se declaram apaixonados, inclusive pelo próprio rapaz por quem se encantou no casamento. Esse repentino interesse de Nick era tudo o que ela mais queria, mas será que o jornalista estaria realmente apaixonado por Beth ou seria apenas o efeito da magia da fonte? Se for o caso, quanto tempo o feitiço duraria?


A única lição que podemos tirar de Quando em Roma é que nem sempre devemos acreditar no ditado que diz “quando a esmola é muita o santo desconfia”. Traduzindo, a protagonista não confia que uma hora o amor finalmente chegaria a sua vida e prefere acreditar que tudo que está vivendo é uma mágica que a qualquer momento vai se desfazer, o que a impede de viver esse momento de felicidade plenamente. Bem, nem teria como. Além do galã da história, ela ainda arranja outros quatro pretendes que nunca a viram e muito menos ela os conhece. São eles: Will Arnett como um pintor italiano, Jon Heder como um mágico, Danny DeVito como um empresário do ramo alimentício muito assanhado e Dax Shepard como um modelo de araque que se acha a oitava maravilha do mundo. Este último é noivo de Kristen Bell na vida real e ambos ainda não acharam seu espaço no cinema, assim como Josh Duhamel, o mocinho da trama. O casal romântico da fita não compromete o resultado final, mas não forma um par apaixonante. Se falta amor no enredo, restaria achar graça nas diversas tentativas da moça em se livrar de tantos pretendentes, mas as situações são editadas de forma tão rápida que acaba comprometendo o humor da trama e culminando em um final previsível. Uma pena também ver o elenco coadjuvante desperdiçado, incluindo a talentosa Anjelica Huston em papel sem brilho algum como a chefe da mocinha. Quanto a Roma do título, isto é apenas chamariz já que as paisagens italianas ajudam a vender um filme, mas pouca coisa é mostrada. Bem, sensibilidade e delicadeza nas imagens e na condução da narrativa não poderiam ser esperadas do diretor Mark Steven Johnson, o mesmo de Demolidor Motoqueiro Fantasma. Ação é sua praia. Enfim, este é mais um exemplo de filme que parece ter sido feito as pressas e talvez por isso mesmo se torne uma boa opção para matar o tempo livre ou ao menos distrair os fanáticos pelo gênero. Mais descompromissado talvez seja impossível.

Comédia romântica - 91 min - 2010 
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2 comentários:

  1. Achei esse filme muito, muito, muito fraco...não achei engraçado, não achei divertido e já tinha visto esta história algumas vezes....fraco fraco.

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  2. Só de olhar pra cara da Kristen Bell no pôster desse filme, eu já fico receoso - parece bem ruim! Honestamente, não sinto nenhuma vontade de vê-lo: pode até ser preconceito, mas me parece terrível, então só verei se não houver outra alternativa.

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