Nota 4,0 Repetindo basicamente o enredo do original, longa torna-se cansativo e sem propósitos
Por que produtores resolvem investir em continuações quando não há de nada
de novo a se acrescentar a história original? Pior ainda, por que gastar
dinheiro em uma segunda parte quando a primeira não foi um sucesso? Bem, se a
produção em jogo tiver apelo infantil eis as respostas para estas perguntas.
Pais desesperados por alguns minutos de sossego pagam o que for preciso para
levar os filhos ao cinema ou mantê-los ocupados diante da TV, assim qualquer
bobagem classificação livre tem chances de faturar alguns trocados. Só assim
para explicar a existência de Pequenos Grandes Astros 2 estrelado
por novos personagens, mas no fundo repetindo a mesmíssima história do longa
anterior e suas lições de moral. Jerome Jenkins Junior (Jascha Washington) é um
pré-adolescente aficionado por basquete e seu pai, conhecido como Duplo J
(Michael Beach), foi um excelente jogador amador, mas perdeu a chance de virar
um profissional do esporte e caiu no ostracismo. O filho está decidido a honrar o passado do
pai, porém, Lydia (Enuka Okuma), sua mãe vê com ressalvas a carreira esportiva
para o filho devido a sua baixa estatura e imaturidade. Por seus pais serem
separados, Jerome nunca teve muito contato com o pai e vê nesta decisão a
chance de se reaproximar. Vamos agora as similaridades mais gritantes do
roteiro de Keith Mitchell e Allie Dvorin em relação ao filme original. Certo
dia, o menino encontra por acaso um par de tênis pendurados em um poste com as
iniciais MJ, automaticamente identificadas como sendo a abreviação do famoso
Michael Jordan. Munido de coragem e seus calçados, ele decide se inscrever em
um campeonato de seu bairro, mas na hora H acaba ficando apenas na plateia, porém,
quis o destino que ele pisasse em quadra para provar do que era capaz. A bola
em determinado momento acaba sendo desviada para o seu lado e ele a arremessa
de volta acertando em cheio a cesta, assim provocando a ira dos finalistas da
competição que o desafiam a vencê-los. Obviamente o garoto dá um show vencendo
os gigantes fortões e chama a atenção do treinador Archie (Blu Mankuma) que o
convida para passar o verão treinando com seu time, o Game On. Jerome se anima,
a mãe coloca obstáculos, mas acaba sendo convencida por Ray (Kel Mitchell), um
jovem bobalhão e preguiçoso que foi agregado a família.
Jerome queria que seu pai o acompanhasse nessa viagem, mas devido a
compromissos de trabalho acaba tendo que se contentar com a companhia de Ray,
este que se entusiasma com a ideia e enche a boca para falar que é o empresário
do novo astro das quadras. O empenho para chegar ao basquete profissional
pulando algumas etapas, no entanto, acaba não sendo a concretização do sonho do
menino, principalmente depois que descobre que seu talento está atrelado ao par
de tênis que encontrou. Por outro lado, a novidade de ter um pequeno e jovem
jogador em quadra logo chama a atenção do mercado publicitário que quer fisgar
o público teen vendendo a imagem de um ídolo que não precisou atingir a
maioridade para alcançar o sucesso, mas todos os contratos ficaram por conta de
Ray que assumiu com uma empresa de tênis um acordo lucrativo em que uma das
clausulas deixa claro que o contratante faz questão que o menino use seus
modelos durante os jogos. Perceberam o drama, não é? Sem tênis mágicos,
fracassos nos jogos na certa. O diretor David Nelson então retoma a mesma
mensagem positiva do longa original: acredite em você que tudo dará certo.
Jerome terá que desapegar de seu amuleto da sorte e enfrentar os gigantes do
basquete profissional e obviamente contará com a ajuda de seus amigos, Rodney
(Bret Kelly) e Nathan (Micah Stephen Williams), respectivamente um gordinho e
um magrelo que também não correspondem ao estereótipo de esportistas, mas
fortalecidos por palavras de incentivo vão mostrar que tamanho ou peso não é
empecilho para enterrar a bola na cesta. Pequenos Grandes Astros 2 é um pouco
inferior ao primeiro filme, que também já não era grande coisa, mas ambos
cumprem seus objetivos de entreter e trazer algumas mensagens positivas para a
molecada, nesta sequência com o acréscimo de mostrar um pouco mais a fundo as
questões polêmicas acerca da fama repentina, ainda mais para quem é muito jovem
e desconhece as regras do jogo fora das quadras.
Comédia - 95 min - 2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este espaço está aberto para você colocar suas críticas ao filme em questão do post. Por favor, escreva o que achou, conte detalhes, quero saber sua opinião. E não esqueça de colocar a sua avaliação do filme no final (Ruim, Regular, Bom ou Excelente).