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domingo, 13 de janeiro de 2019

O NOIVO DA MINHA MELHOR AMIGA

Nota 2,5 Com mote nada original e triângulo amoroso fraco, coadjuvantes seguram as pontas

Em 1997, O Casamento do Meu Melhor Amigo trouxe certo frescor ao já batido campo das comédias românticas contando uma história agradável e divertida comandada por um então jovem elenco em ascensão. Uma década depois O Melhor Amigo da Noiva tentou pegar carona não só no título do sucesso estrelado por Julia Roberts, mas a trama em si guardava certas semelhanças, porém, sem personagens carismáticos. Mais alguns anos se passam e O Noivo da Minha Melhor Amiga chegou para embolar ainda mais as coisas entre casamentos e melhores amigos, todavia, desta vez o título rebuscado e nada original faz jus ao conteúdo. O mote é similar aos longas citados. Rachel (Ginnifer Goodwin) e Darcy (Kate Hudson) são amigas inseparáveis desde a infância e o casamento de uma delas deveria ser motivo de alegria para ambas, não de discórdia. Rachel deixou escapar sua oportunidade de viver um grande amor quando apresentou Dex (Colin Egglesfield), seu colega no curso de direito, para a garota que sempre gostou de ser o centro das atenções e nunca teve papas na língua. Conhecendo o perfil da amiga, introvertida, com baixa auto-estima e centrada nos estudos, Darcy não pensa duas vezes antes de se atirar nos braços do rapaz. Rola algum sentimento entre eles, aquele típico caso dos opostos que se atraem, e o tempo passa rápido e não demora muito e já estão de casamento marcado, obviamente tendo Rachel convocada para ser a madrinha. Numa festa em comemoração ao seu aniversário de 30 anos a jovem advogada bebe um pouco além da conta e acaba passando a noite com o namorado da amiga. Ela já nutria uma paixão platônica por ele desde a juventude e tardiamente descobre que o sentimento é recíproco. Contudo, não seria tarde para assumirem a paixão? Dex tem receio de magoar a noiva, assim como Rachel não quer perder a sua grande amiga, porém, se amam de verdade e não querem viver como amantes.

sábado, 12 de janeiro de 2019

A INQUILINA

Nota 1,0 Mesmo com roteiro investindo em uma inversão de papeis, suspense é frio e arrastado

Dizem que existe uma maldição que ronda quem é premiado com o Oscar. A atriz Sally Field foi premiada como melhor atriz em 1979 por Norma Rae e cinco ano mais tarde por Um Lugar no Coração. Depois disso entrou numa maré de azar emendando papéis coadjuvantes e sem destaque e trabalhos para a televisão. Foram quase três décadas de espera até voltar a brilhar no tapete vermelho, desta vez como atriz coadjuvante por Lincoln. Será que a trajetória de Hilary Swank será parecida? Vencedora da estatueta dourada por Meninos Não Choram e Menina de Ouro, também prêmios em um curto espaço de tempo, depois disso ela tem estrelado verdadeiras bombas, salvo um ou outro trabalho. A Inquilina é mais um para engrossar a lista. Elá dá vida à Juliet, uma médica que está passando por um momento difícil após ser traída pelo namorado e decidida a procurar um novo endereço para ajudar a dar novos rumos a sua vida. Por coincidência ela recebe um telefonema com uma oferta inacreditável para alugar um apartamento em um antigo edifício. Max (Jeffrey Dean Morgan), o proprietário do imóvel, acolhe cordialmente a nova inquilina, mas logo nas primeiras noites a moça percebe que o local é estranho, com barulhos amedrontadores de madrugada. Em paralelo as noites mal dormidas, Juliet passa a flertar com seu senhorio, mas a relação com este homem aparentemente gentil e inofensivo pode se revelar um perigo iminente para esta fragilizada mulher. E a trama é essa. Bem manjada e pronto! O roteiro de Antti Jokinen e Tobert Orr não perde tempo criando desnecessárias situações de sustos e logo deixa clara a obsessão de Max pela médica, esta que tende a considerá-lo apenas um amigo, mesmo com uma latente tensão sexual entre eles.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

QUERIDA, ENCOLHI AS CRIANÇAS

NOTA 8,0

Divertida e nostálgica, mescla
de aventura e comédia ainda é
entretenimento garantido sem se
tornar refém de efeitos especiais
E.T. - O Extraterrestre, Os Goonies, Willow - A Terra da Magia, Labirinto - A Magia do Tempo, Viagem Insólita... Estes são apenas alguns títulos que mesclavam aventura, comédia e fantasia que marcaram a geração oitentista, mas entre eles não há nenhum com a chancela Disney de qualidade. Por um longo período o estúdio mergulhou em um abismo criativo, embora hoje algumas animações da época sejam consideradas clássicas como Aristogatas e Bernardo e Bianca. Mesmo com a criação de uma subsidiária especialmente para tocar projetos voltados ao público infanto-juvenil com atores de verdade, as cifras arrecadadas não justificavam os investimentos. O peso da morte do senhor Walt Disney se refletia visualmente na qualidade e lucros da sua produtora, até que já beirando a entrada da década 1990 uma luz no fim do túnel fora apontada. Disposta a recuperar seu espaço não só no campo da animação, impulsionada pelo sucesso de A Pequena Sereia, mas também como fábrica de blockbusters,  a empresa apostou em uma ideia relativamente simples. Querida, Encolhi as Crianças trata de um tema fascinante e já explorado diversas vezes pelo cinema e pela televisão. O que acontece quando uma pessoa é reduzida ao tamanho de uma formiga? Ou melhor, quando adquire altura menor ainda que a de um inseto? É isso que ocorre às inocentes vítimas de uma máquina miniaturizadora inventada pelo frustrado professor Wayne Szalinski (Rick Moranis) que sem perceber o que aconteceu em seu laboratório caseiro acaba varrendo os próprios filhos e os do vizinho junto com o lixo. Nick (Robert Olivieri), que com seus grandes óculos e estilo nerd não nega a vocação para seguir os mesmos passos que o pai, e sua irmã mais velha Amy (Amy O'Neill) então se veem obrigados a unir forças com o adolescente Junior (Thomas Wilson Brown) e o sarcástico garoto Ron (Jared Rushton), os herdeiros do mal humorado Russ Thompson (Matt Frawer).

domingo, 6 de janeiro de 2019

TURMA 94 - O GRANDE ENCONTRO

Nota 5,0 Com humor crítico, argumento sobre aceitação e maturidade cairia melhor a um drama

Ambiente universitário, descolados versus manés, Jack Black no elenco... Tá aí! Eis mais uma comédia escrachada, daquelas que rimos do início ao fim do constrangimento alheio. Quem assistir Turma 94 - O Grande Encontro pensando assim irá se decepcionar. O filme realmente diverte e se apoia em algumas situações vexatórias, mas é uma daquelas produções que tem muito mais conteúdo do que deixa transparecer a embalagem. Fala sério, com um título como o que ganhou no Brasil, de fato, é para espantar qualquer espectador. Escrito e dirigido pela dupla Andrew Mogel e Jarrad Paul, roteiristas de Sim Senhor, a trama tem como protagonista Dan Landsman (Black), um zero à esquerda na época do colégio e que ainda na vida adulta é um frustrado inveterado. Ele não consegue manter contato social com ninguém, a não ser com seus filhos, sua esposa (Katherine Hahn) e seu chefe (Jeffrey Tambor), talvez mais por necessidade do que por prazer. Mesmo não sendo muito popular, ele se impôs a missão de organizar a reunião que marcaria o reencontro dos estudantes após duas décadas. A festa tem tudo para ser um fiasco, a começar porque praticamente nenhum ex-aluno confirmou presença com antecedência e Landsman tem certeza que ele próprio é o problema, todos o detestam. No entanto, ele descobre por acaso que um dos antigos colegas, o popular Oliver Lawless (James Marsden), agora vive em Los Angeles e se tornou um famoso ator. Assim ele decide ir procurar o cara para convencê-lo a participar da festa, assim usando-o como chamariz para bombar o evento, mas é claro que as coisas não saem bem como o esperado. Landsman acaba caindo em um emaranhado de mentiras que ele próprio inventa e sua vida até então pacata muda completamente... E para pior.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

OS FAROFEIROS

NOTA 3,5

Embora com certos momentos de
ousadia e algumas passagens divertidas
e de fácil identificação, longa é um
amontoado de gags que exaltam o bizarro
Tudo junto e misturado. Esse bem que podia ser o título de Os Farofeiros devido ao leque de situações e de personagens que estão em cena em um enredo bizarro, mas não muito distante da realidade. Quem nunca sonhou com as férias perfeitas que no fim resultou em algum tipo de frustração? Imprevistos acontecem, mas para a turma deste filme não foi uma ou outra coisinha que deu errado. Desculpem o linguajar, mas como popularmente se fala, do início ao fim fodeu tudo na viagem dessa galera como de costume em produções que abordam férias frustradas. Tudo é válido para levar o espectador ao riso fácil e por mais estapafúrdias que as situações possam parecer é duvidoso que nunca alguém tenha vivenciado ao menos uma delas. É justamente nesse poder de identificação que o roteiro de Paulo Cursino se sustenta sob a batuta do diretor Roberto Santucci. A dupla é responsável por sucessos como De Pernas Pro Ar e Até Que a Sorte nos Separe, mas também por projetos nem tão bem sucedidos como O Candidato Honesto e Um Suburbano Sortudo, estes que mesmo não caindo no gosto popular atraíram um público considerável aos cinemas. Esta nova empreitada em conjunto se encaixa no segundo grupo. A história começa com um garotinho em sala de aula sendo obrigado a ler sua redação sobre suas férias. Ele relembra o episódio que vivenciou com a família durante o feriado de Ano Novo. Alexandre (Antônio Fragoso), seu pai, teria motivos de sobra para festejar a virada, afinal foi promovido a gerente de seu departamento, mas junto com a boa nova veio a ingrata tarefa de realizar cortes na equipe assim que a empresa retomasse suas atividades. Em paralelo, lhe apavora a ideia de começar o ano brigado com a temperamental esposa Renata (Danielle Winits) que está estressada por ter sido desconvidada por parentes a passar alguns dias em Búzios. De última hora, o jeito é confiar nos amigos e assim ele aceita a tentadora proposta de Lima (Maurício Manfrini) que diz ter arranjado uma excelente casa na praia a preço irrecusável. O único inconveniente é que ele também passaria o réveillon com a família nesse local e já teria convidado outros colegas de trabalho. Assim, uma verdadeira gama de personagens estereotipados coloca o pé na estrada.